O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado nesta sexta-feira (27) como relator da ação movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que contesta a decisão do Congresso Nacional de derrubar o decreto presidencial que determinava o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O processo foi distribuído por sorteio, como de praxe no Supremo.
O episódio reacende o debate sobre a tensão entre os poderes Legislativo e Executivo, com reflexos no Judiciário.
Na véspera de assumir o caso, o ministro Gilmar Mendes já havia se manifestado sobre o tema em entrevista à CNN, classificando a questão como “inerente à política”, mas reconhecendo a possibilidade de judicialização, especialmente quando o Congresso ultrapassa, segundo ele, os limites constitucionais.
O PSOL, que entrou com a ação nesta sexta-feira, argumenta que a decisão do Congresso apoiada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado, de forma simbólica representou uma ingerência indevida sobre prerrogativas do Executivo.
O partido alega ainda que a “paralisação abrupta” do decreto compromete a política monetária e o equilíbrio orçamentário do governo federal.
A última vez que o Congresso derrubou um decreto presidencial foi em 1992, no governo de Fernando Collor, o que dá à atual controvérsia um peso político e histórico ainda mais significativo. Todos os parlamentares do PSOL votaram contra a derrubada.
Apesar da crítica ao que chama de judicialização excessiva da política, Gilmar Mendes reconheceu que o Supremo pode ser chamado a intervir sempre que houver transgressões constitucionais.
“O ruim ou o negativo nesse contexto são sempre as reclamações. As questões não são resolvidas no campo político, são trazidas para o STF e depois um lado ou outro imputa ao Supremo ter se intrometido”, comentou o ministro.
A análise do caso, agora nas mãos de Gilmar, pode ter impacto relevante tanto no ambiente político quanto na condução da política econômica do país nos próximos meses.
Benedito da costa 28/06/2025
Xiiiiii já vi que vai dá merda essa ação com Gilmar mendes na decisão. Ainda mais ação proposta por partido que apoia Lula e o próprio ministro
1 comentários