Mesmo com políticas públicas que vêm reduzindo o número de fumantes, o tabagismo segue sendo uma das principais causas evitáveis de morte no Brasil. Segundo dados recentes, cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente no país devido a doenças causadas pelo consumo de tabaco — uma média alarmante de 23 mortes por hora.
Dados da pesquisa Vigitel 2023 mostram que 9,3% da população adulta brasileira ainda fuma. Embora a tendência seja de queda — o consumo caiu 35% desde 2010, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) — os impactos do tabagismo continuam profundos, tanto na saúde pública quanto na economia.
Prevalência do Tabagismo (2023):
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Homens: 10,2%
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Mulheres: 7,2%
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População total: 9,3%
Profissões mais afetadas
Estudos epidemiológicos e levantamentos do Ministério da Saúde apontam que o tabagismo é mais frequente em profissões que envolvem jornadas longas, estresse elevado e condições adversas de trabalho. As categorias mais vulneráveis ao vício do cigarro incluem:
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Trabalhadores da construção civil (pedreiros, pintores, serventes)
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Motoristas de transporte coletivo e caminhoneiros
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Operários de indústrias de base
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Seguranças e vigilantes
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Trabalhadores de bares e restaurantes noturnos
Fatores como estresse, rotinas exaustivas, pouco acesso à informação sobre saúde e ambientes de trabalho permissivos em relação ao fumo contribuem para a maior incidência nessas profissões.
Custo e doenças associadas
O fumo está diretamente associado a doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, além de câncer de pulmão e doenças respiratórias crônicas. O impacto financeiro é imenso: além do custo para o sistema público de saúde, há perda de produtividade e afastamentos frequentes do trabalho.
O que está sendo feito?
O Brasil é considerado referência internacional nas políticas de combate ao tabagismo. Entre as principais estratégias estão:
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Proibição da propaganda de cigarros
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Advertências sanitárias nos maços
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Áreas livres de fumo
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Serviços públicos de apoio à cessação do tabagismo (como os oferecidos pelo SUS)
Caminho para a superação
Apesar dos avanços, especialistas afirmam que novas campanhas educativas, maior fiscalização em ambientes de trabalho e apoio psicológico contínuo são fundamentais para manter a curva de queda do tabagismo e proteger as gerações futuras.