Líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante enviou um ofício à primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, solicitando que o governo italiano conceda asilo político à deputada Carla Zambelli (PL-SP) e recuse eventual pedido de extradição feito pelo Brasil.
No documento, divulgado de 30 de julho de 2025, o parlamentar sustenta que Zambelli “se entregou à polícia” na cidade de Roma e descreve a parlamentar como “a mulher mais votada do Brasil nas eleições de 2022” e “figura da mulher brasileira conservadora de direita que luta por valores da família e por uma democracia justa e livre”.
O ofício sustenta que a deputada e outros parlamentares do PL têm sido alvo de “perseguição política por parte do atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva” em “colusão com a Corte Suprema Federal – STF, em particular com o ministro Alexandre de Moraes”.
Sóstenes alega que, no julgamento no STF, Zambelli não teve garantido o “direito à ampla defesa e ao contraditório” e que foi condenada a dois anos e meio em processo conduzido por Moraes, o qual classifica como “inconstitucional” e resultado de “clara perseguição política”.
O documento também compara o caso de Zambelli ao do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, cuja extradição foi negada pela Justiça da Espanha por entender que se tratava de uma solicitação “politicamente motivada”.
“Aplicando-se a analogia ao caso do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho”, escreve Cavalcante, “pede-se que a solicitação de extradição feita pela República Federativa do Brasil não seja acolhida e que seja concedido asilo político à deputada Carla Zambelli Salgado de Oliveira”.
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