Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) escancarou uma grave falha na administração federal: entre 2016 e 2025, o governo brasileiro manteve o repasse de salários, aposentadorias e benefícios sociais a pessoas com indícios de óbito, totalizando um prejuízo de R$ 4,4 bilhões aos cofres públicos. O mais alarmante é que, mesmo diante dos alertas, o governo Lula segue permitindo o pagamento irregular de R$ 28,5 milhões por mês.
O relatório, apresentado pelo ministro Jorge Oliveira, mostra que o problema está longe de ser resolvido. Em fevereiro deste ano, já sob a atual gestão, foram identificados ao menos 650 pessoas falecidas que continuaram recebendo salários e pensões, gerando um rombo mensal de R$ 3,6 milhões.
A principal causa dos pagamentos indevidos seria a ineficiência do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), que acumula 13,1 milhões de registros de óbito ainda não cruzados com outras bases de dados. O número é quase o dobro do volume atual de registros ativos, revelando uma total falta de integração e atualização dos sistemas federais.
O TCU determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoque, em até 30 dias, os beneficiários que constam como mortos para a realização da prova de vida. Além disso, o tribunal exige a responsabilização de cartórios que repassaram dados incompletos ou com atraso.
O presidente do TCU, Bruno Dantas, criticou a negligência do poder público: “O Brasil pagou, em 10 anos, bilhões para pessoas mortas porque fomos incapazes de integrar nossos sistemas. Vai chegar um momento em que não teremos dinheiro para pagar os vivos”, alertou.
Apesar da gravidade do caso e da continuidade dos repasses durante a atual administração, o governo Lula ainda não apresentou medidas concretas para pôr fim ao desperdício bilionário. Enquanto isso, milhões seguem sendo desviados mensalmente e o contribuinte paga a conta.
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