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POLÍTICA NACIONAL Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 16:06 - A | A

Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 16h:06 - A | A

APÓS QUEDA DE LUPI

PDT rompe com base de Lula e adota postura de independência na Câmara

Apesar de deixar a base, a bancada afirmou que não pretende aderir à oposição nem se alinhar ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não temos condições de ser oposição. Não vamos nos agrupar ao PL.

 

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (6) que deixará de seguir automaticamente as orientações do governo Lula (PT), adotando oficialmente uma postura de independência. A decisão marca o rompimento com a base governista, que o partido integrava desde o início do atual mandato.

 

O movimento ocorre poucos dias após o presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, pedir demissão do comando do Ministério da Previdência, em meio a denúncias de fraudes no INSS. A saída de Lupi, interpretada como desfecho de um processo desgastante e sem respaldo político por parte do Planalto, foi vista por deputados pedetistas como a gota d’água.

 

“Foi unânime pela independência”, declarou o líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG). Segundo parlamentares ouvidos sob condição de anonimato, o afastamento de Lupi expôs a fragilidade do espaço do partido dentro do governo, intensificando desconfortos que já vinham se acumulando desde 2023.

 

Apesar de deixar a base, a bancada afirmou que não pretende aderir à oposição nem se alinhar ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não temos condições de ser oposição. Não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas identitárias que casam com o governo. Deixamos a base e ficamos independentes”, explicou um deputado da legenda.

 

A escolha do deputado Wolney Queiroz (PDT-PE) para substituir Lupi à frente do Ministério da Previdência também gerou críticas internas. Parte da bancada considera que ele não representa os interesses da Câmara, reforçando a percepção de que o partido foi desconsiderado nas negociações ministeriais.

 

Com 17 deputados federais, o PDT havia apoiado Lula no segundo turno das eleições de 2022, após a candidatura própria de Ciro Gomes fracassar nas urnas. Agora, o novo posicionamento reacende debates sobre o futuro da sigla, inclusive a possibilidade de lançar novamente um nome à Presidência da República em 2026.

 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, reagiu com cautela: “Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país.”

 

O gesto do PDT representa mais uma fissura na base de apoio ao governo no Congresso, e deve influenciar votações importantes nas próximas semanas.

 

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