Durante uma transmissão ao vivo ao lado do jornalista Paulo Figueiredo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro revelou que buscou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e outras autoridades brasileiras, numa tentativa de reagir à escalada autoritária que se instalou no país.
“Nós não determinamos o que o governo americano faz. Na nossa opinião, esta medida [taxação] não era a melhor medida a ser aplicada nesse momento. Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião”, declarou Paulo, ao comentar a postura do governo dos Estados Unidos.
A fala expõe o que muitos brasileiros conservadores já denunciam: o abuso de autoridade institucionalizado no Brasil, especialmente por parte de integrantes do STF como Alexandre de Moraes.
Em entrevista à TV Globo, na última quarta-feira (16), Eduardo Bolsonaro reforçou sua defesa das sanções e chegou a afirmar que a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros tinha relação com as ações arbitrárias promovidas por Moraes. Ele classificou essas medidas como “alavancas”, instrumentos de pressão legítimos diante do cenário autoritário.
Segundo Paulo Figueiredo, as articulações com o governo americano tiveram início após as eleições de meio de mandato nos EUA, em 2022, quando os republicanos retomaram o controle da Câmara dos Representantes. Embora ele não tenha especificado quando Eduardo passou a integrar as reuniões com autoridades norte-americanas, confirmou ter incentivado o parlamentar a participar ativamente das conversas.
Paulo também sugeriu que houve discussões diretas com o ex-presidente Donald Trump, e que a decisão final pelas tarifas veio dele, mesmo após as sugestões de ações mais específicas contra os responsáveis pelo avanço da censura e do autoritarismo no Brasil.
“Nós advogamos na direção de sanções direcionadas aos agentes principais da ditadura. Essa era a nossa opinião. O presidente [Trump], que é uma pessoa muito mais qualificada do que eu, é o presidente dos Estados Unidos, entendeu? ‘Não, eu acho que a melhor arma do nosso arsenal neste momento são as tarifas’”, afirmou Paulo.
A entrevista completa foi exibida no canal Inteligência LTDA, no YouTube, onde Eduardo Bolsonaro deixou clara sua intenção desde o início: "punir os responsáveis pelo sufocamento da democracia no Brasil".
“Sempre trabalhei para sanções individuais no Alexandre de Moraes, mas, né, o presidente Trump, dentre as alternativas dele, escolheu essa [tarifaço]”, afirmou Eduardo.
O deputado ressaltou ainda que sua proposta previa um avanço gradual: se as medidas contra Moraes não surtissem efeito, a pressão deveria se estender a outros nomes que, segundo ele, dão sustentação ao regime autoritário que se instalou no país.
“Depois, caso isso daí não surtisse efeito, seguir adiante em todas as demais autoridades que dão suporte para esse regime, porque o Alexandre de Moraes, ele não age sozinho, ele age com o amparo de outras autoridades brasileiras.”
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