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POLÍTICA NACIONAL Sábado, 19 de Julho de 2025, 09:43 - A | A

Sábado, 19 de Julho de 2025, 09h:43 - A | A

TENSÃO ENTRE BRASIL E EUA

Trump ameaça impor sanções contra o Brasil após decisão do STF sobre Bolsonaro

Crise diplomática atinge novo patamar com possível bloqueio de GPS, aumento de tarifas e aplicação da Lei Magnitsky; governo brasileiro avalia resposta

Paula Figueiredo

 

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou contornos inéditos na sexta-feira (18), após o governo norte-americano, sob a liderança de Donald Trump, sinalizar possíveis sanções militares, tecnológicas e comerciais contra o Brasil. A escalada de tensão ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) impor medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar e proibição de comunicação com aliados investigados.

 

Segundo relatos de aliados de Bolsonaro, interlocutores do governo Trump classificaram a decisão do ministro Alexandre de Moraes como uma “declaração de guerra” contra os Estados Unidos. Como resposta, Washington estaria avaliando uma série de retaliações de alto impacto, com foco em setores estratégicos da economia e da segurança nacional brasileira.

 

Entre as medidas em análise estão o bloqueio do acesso ao sistema GPS em território brasileiro, o que afetaria diretamente a logística, a agricultura de precisão e operações militares. Também está sendo discutido o aumento das tarifas de importação sobre produtos brasileiros estratégicos de 50% para até 100%, além da suspensão de fornecimento de peças e software para a indústria aeronáutica nacional, em especial para a Embraer e o setor de defesa.

 

Outra frente de pressão seria a aplicação da Lei Magnitsky a ministros do STF e outras autoridades brasileiras, o que implicaria no congelamento de bens, restrições financeiras e sanções diplomáticas. O governo Trump também considera adotar sanções conjuntas com países da OTAN e até expulsar diplomatas brasileiros de Washington.

 

Fontes diplomáticas em Brasília descrevem o cenário como de “alerta máximo”. Um alto funcionário do Itamaraty, sob condição de anonimato, afirmou que “estamos diante da maior ameaça de isolamento internacional do Brasil desde a redemocratização”.

 

Especialistas alertam que o impacto dessas medidas seria severo. O bloqueio do GPS, por exemplo, comprometeria cadeias logísticas, transporte aéreo e até comunicações militares. A dependência de tecnologias norte-americanas nas áreas de aviação e defesa tornaria difícil mitigar os efeitos imediatos.

 

A resposta do governo Lula ainda está em fase de avaliação. Entre as opções consideradas estão sanções recíprocas, como a restrição de vistos para autoridades americanas ligadas a Trump e para executivos de big techs que operam no Brasil, além da intensificação de alianças com países não alinhados à política externa dos EUA.

 

Enquanto isso, setores bolsonaristas tentam transformar o embate jurídico em uma narrativa de perseguição política, buscando apoio internacional e tentando deslegitimar o Supremo Tribunal Federal. A estratégia visa tensionar o ambiente político interno e ampliar o discurso de que há um suposto confronto ideológico entre o Brasil e os Estados Unidos.

 

Apesar da escalada verbal e das ameaças, as instituições brasileiras seguem firmes na defesa da soberania nacional e da democracia. O STF e o governo federal reiteraram que não aceitarão qualquer tipo de ingerência estrangeira nas decisões do Judiciário.

 

 

 

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Valério 19/07/2025

Cara, não sou direita e nem esquerda, porém quem vai pagar essa moeda, vejo que o Brasil não esta para ser recíproco em sanções, vamos orar para que o Brasil cresça e não desça pois do jeito vamos todos para fundo do poço.

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