Durante audiência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizada nesta quinta-feira, 26, o controlador-geral do Estado, Paulo Farias, negou categoricamente que os relatórios produzidos pela Controladoria Geral do Estado (CGE) mencionem nomes ou emendas parlamentares de deputados estaduais.
A declaração visa dissipar rumores e acusações relacionados à distribuição de kits agrícolas adquiridos em 2024 com recursos públicos.
Farias foi enfático ao esclarecer que o papel da CGE é técnico e restrito à verificação da aplicação dos recursos pelo Executivo, sem qualquer ingerência política.
“A CGE não analisa o envio de emendas, mas sim como o Governo executa os recursos destinados. Não há nome de deputado ou número de emenda nos relatórios”, explicou.
O controlador detalhou ainda que os documentos em questão fazem referência apenas às ordens bancárias que repassaram os valores às Organizações da Sociedade Civil (OSCs) responsáveis pela compra e entrega dos kits.
Os relatórios, conforme esclarecido, permanecem sob sigilo e já foram encaminhados à Polícia Civil para apuração, já que a CGE não possui competência investigativa.
“Esses dados dizem respeito exclusivamente à atuação das OSCs, e foram elaborados com base técnica, seguindo os princípios da legalidade e da impessoalidade”, reforçou Farias.
A audiência contou com momentos de tensão entre parlamentares, especialmente após o presidente da ALMT, Max Russi, anunciar o envio de um ofício ao Governo do Estado solicitando que a Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) investigue o vazamento das informações sigilosas.
A medida busca garantir a integridade do processo e prevenir o uso político de informações ainda sob análise judicial.
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