menu
27 de Junho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
27 de Junho de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

POLÍTICA MT Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 08:52 - A | A

Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 08h:52 - A | A

AUMENTO DAS CADEIRAS

MT ganha mais representatividade com nova lei que amplia número de deputados federais

O texto, aprovado por 41 votos a favor e 33 contrários no Senado e referendado em seguida pela Câmara, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ALISSON OLIVEIRA

 

Em uma sessão marcada por controvérsias e forte pressão institucional, o Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (26) o projeto que eleva o número de deputados federais de 513 para 531, alterando a composição da Câmara a partir de 2027.

 

Mato Grosso será diretamente beneficiado com a criação de duas novas cadeiras, passando de 8 para 10 representantes, num movimento que visa ajustar a representação proporcional dos estados com base no Censo Demográfico de 2022.

 

O texto, aprovado por 41 votos a favor e 33 contrários no Senado e referendado em seguida pela Câmara, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Com a mudança, o Congresso passará a ter 612 parlamentares  considerando-se as 81 cadeiras do Senado, que permanecem inalteradas.

 

Apesar da tentativa de conter críticas com cláusulas de limitação orçamentária até 2030, estima-se que a medida implicará um custo anual adicional de R$ 95 milhões aos cofres públicos.

 

A proposta surgiu após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 2023 determinou uma readequação das cadeiras parlamentares conforme os dados atualizados do IBGE.

 

Embora a Corte exigisse apenas redistribuição das vagas já existentes, o Congresso preferiu ampliar o número total, garantindo que estados em crescimento populacional como Amazonas, Pará, Goiás, Santa Catarina e Mato Grosso recebessem mais representação, sem retirar cadeiras de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

 

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator da proposta, sustentou que o Brasil há décadas ignora o critério constitucional de proporcionalidade demográfica.

 

Segundo ele, a nova configuração visa reparar distorções e assegurar mais equidade entre as regiões, ainda que o país continue com um dos menores índices de representação proporcional do mundo democrático.

 

Durante o debate, opositores como os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) protestaram contra o impacto fiscal e a falta de respaldo popular.

 

Girão citou pesquisa Datafolha que indica 76% de reprovação da população à medida e questionou se haveria disposição dos atuais deputados em ceder recursos de emendas e verbas para acomodar os novos colegas.

 

Mesmo diante da resistência, a votação foi acelerada para evitar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assumisse a redistribuição das vagas, como determinado pelo STF em caso de omissão do Legislativo.

 

Com a nova lei, as futuras redistribuições ficarão vinculadas exclusivamente aos resultados oficiais dos censos do IBGE, com a próxima prevista para 2030.

 

Para Mato Grosso, o acréscimo de duas cadeiras representa um reforço expressivo na articulação política nacional, acompanhando o crescimento populacional e econômico do estado nas últimas décadas. 

 

> Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia