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MUNDO Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 19:22 - A | A

Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 19h:22 - A | A

GRIFE

Louis Vuitton perde 120 bilhões de euros e enfrenta a maior crise da história

O conglomerado Louis Vuitton Moët Henness (LVMH) enfrenta a maior crise de sua história, acompanhada de críticas à gestão de Bernard Arnault

Metrópoles

O conglomerado de luxo LVMH está enfrentando a maior crise de sua história, com os resultados da assembleia geral anual apresentando um cenário considerado desastroso. As ações da empresa caíram mais de 120 bilhões de euros do valor de mercado do grupo e perdendo o título de empresa mais bem-sucedida da França. Ao mesmo tempo, o mercado de luxo como um todo enfrenta quedas em níveis relevantes.

 

Dela, fazem parte grifes como a Louis Vuitton, Dior, Tiffany & Co e Bulgari. Nomes cuja reputação fazem da LVMH um conglomerado que se impõe dentro do mercado da moda mundial. O imaginário desse sucesso, contudo, tem perdido espaço para a clara queda no valor de mercado do grupo, a maior de sua história.

 

A fortuna do CEO da LVMH, Bernard Arnault, também foi significativamente impactada, caindo US$ 54 bilhões em seu patrimônio líquido. Apesar do cenário, o executivo parece não ter interesse em deixar o cargo, especialmente com a recente aprovação do conselho para estender a idade de aposentadoria do presidente e CEO de 75 para 80 anos.

 

As quedas não se limitam ao grupo francês, já que a crise no mercado de luxo é geral, agravada pela retirada de compradores chineses e pelas tarifas impostas nos Estados Unidos por Donald Trump. A Kering, conglomerado que inclui Gucci, Saint Laurent, Bottega Veneta e Balenciaga, também passa por momento de turbulência nos números. No entanto, a principal razão para a crise da LVMH é atribuída ao próprio grupo.

 

A tendência de Arnault para aquisições consideradas como “inúteis e contraproducentes”; investimentos dispersos em áreas como moda, beleza, restaurantes e hospitalidade que preocupam os investidores; e a falta de um plano de gestão claro são tidos pela NSS Magazine como principais causadores da desvalorização histórica.

 

O caso Dior

Um impacto visível no mercado da moda é o da Dior, antes vista como uma das marcas mais fortes e influentes do grupo. A grife fundada em 1946 passa por maus momentos no mercado, após série de aumentos de preços que afastaram clientes e acusações de exploração de trabalhadores sem documentos na Itália para cortar custos.

 

A chegada de Jonathan Anderson como diretor criativo é um bom sinal, mas é incerto se será suficiente para restaurar os danos. Seu primeiro trabalho para a maison foi divulgado na última terça-feira (24/6) e tem como protagonista da campanha o jogador de futebol Kylian Mbappé.

 

Demissão em massa da Burberry

No mês de maio, a grife britânica Burberry revelou que irá cortar cerca de 1.700 postos de trabalho em todo o mundo até 2027. A decisão surge em um momento desafiador para a marca, que busca reduzir custos após uma queda acentuada nos lucros. A empresa registou um prejuízo de 66 milhões de libras (quase R$ 500 milhões) no último ano fiscal, refletindo o amplo cenário de crise que vive a indústria global da moda.

 

As reduções poderão afetar quase um quinto da força de trabalho da Burberry, que atua em diferentes continentes e conta com, aproximadamente, 9.300 funcionários. Joshua Schulman, CEO da marca, indicou que a maior parte dos cortes ocorrerá nos escritórios centrais do grupo em todo o mundo, com destaque para Londres.

 

Hermès resiste e ultrapassa LVMH

Qualidade, criatividade e savoir-faire: esses são os valores que a Hermès construiu em sua história bicentenária e que garantem sua hegemonia atemporal no mercado de luxo. Hoje, a grife parisiense vai na contramão da desvalorização na indústria e ultrapassou o valor de mercado da LVMH pela primeira vez na vida.

 

Todas as categorias de produtos da Hermès, exceto a dos relógios, apresentaram crescimento no último ano. Artigos de couro e selaria, vestuário e acessórios, joias e produtos para o lar tiveram um desempenho positivo, o que ajudou nas porcentagens finais de crescimento da marca.

 

Ao fim de 2024, com o bom desempenho da empresa, a Hermès recompensou seus 25 mil funcionários com um bônus de aproximadamente US$ 4.700, demonstrando seu compromisso e gratidão com seus colaboradores.

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