O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), reforçou nesta quarta-feira (1º) que qualquer agente público que cometer crimes será devidamente investigado e responsabilizado, independentemente de sua posição ou influência.
A declaração foi feita em meio ao impacto da Operação Perfídia, que resultou no afastamento dos vereadores de Cuiabá Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL), ambos acusados de envolvimento num esquema de propina relacionado às obras do Contorno Leste da Capital.
A denúncia aponta que os parlamentares teriam exigido vantagens indevidas da empresa HB20 Construções, responsável pelas obras, para viabilizar um projeto que permitisse ao município parcelar dívidas tributárias e, com isso, liberar um pagamento superior a R$ 4,8 milhões.
O valor, segundo as investigações, foi dividido entre diversos vereadores com o objetivo de garantir o quórum para aprovação do projeto na Câmara Municipal.
“Parabenizo a Polícia Civil e as Forças de Segurança. Doa a quem doer, tem que investigar”, afirmou Mauro, destacando que todos os envolvidos devem ter garantido o direito de defesa, mas ressaltando que a Justiça precisa ser firme na responsabilização dos culpados.
O caso remonta aos anos de 2023 e 2024, na gestão de Emanuel Pinheiro (MDB), e a denúncia foi inicialmente apresentada pelo atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), enquanto ainda ocupava uma cadeira na Câmara Federal.
Além dos vereadores, a operação também atingiu o dono da HB20 Construções e dois funcionários da empresa: José Márcio da Silva Cunha, Glaudecir Duarte Preza e Jean Martins e Silva Nunes.
Os parlamentares estão proibidos de frequentar a Câmara e de manter qualquer contato com a construtora ou testemunhas envolvidas no caso.