Montagem: midianews

Deputados federais de Mato Grosso atribuíram diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade pelo aumento de 50% nas tarifas de importação de produtos brasileiros anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As novas alíquotas começam a ser cobradas a partir de agosto.

Os parlamentares José Medeiros, Coronel Fernanda e Rodrigo da Zaeli, todos do PL, afirmaram que a postura internacional adotada por Lula  de aproximação com países que enfrentam sanções americanas e de críticas abertas a democracias ocidentais resultou no chamado "tarifaço", anunciado na quarta-feira (9).

“Eles vão insistir na retórica de que a culpa é do Bolsonaro, do Eduardo, mas a culpa é da fanfarronice do Lula, que a troco de nada tem se metido em assuntos que não dizem respeito ao Brasil", escreveu Medeiros nas redes sociais.

Segundo ele, o presidente brasileiro "se alinhou à narrativa do Hamas, ao Irã, e a ditadores com relações cortadas com os Estados Unidos", o que teria levado à retaliação comercial.

A deputada Coronel Fernanda também reagiu com críticas severas, classificando a situação como consequência de uma “ditadura disfarçada” no país.

“Trump deu o recado e o Brasil ignorou alertas, perseguiu quem pensa diferente e tentou calar os americanos. Agora, a conta chegou”, declarou.

Rodrigo da Zaeli, por sua vez, cobrou que Lula resolva o impasse e assuma a responsabilidade pelas consequências comerciais.

“A petezada quer colocar a culpa no governo Bolsonaro, mas esquecem que agora o governo são eles. Esperamos que o governo Lula resolva isso e não fique colocando a culpa em quem não tem.”

A medida anunciada por Trump veio acompanhada de críticas diretas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que ele classificou como uma “vergonha internacional” e uma “caça às bruxas”.

Outros parlamentares da bancada federal de Mato Grosso, como Coronel Assis (União) e Nelson Barbudo (PL), foram procurados, mas não se manifestaram até o fechamento desta matéria.

A medida preocupa setores do agronegócio e exportadores de Mato Grosso, que já calculam prejuízos e pedem uma resposta diplomática do governo federal.

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