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POLICIAL Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 09:09 - A | A

Terça-feira, 15 de Julho de 2025, 09h:09 - A | A

"INIMIGO ÍNTIMO"

Polícia Civil cumpre cinco mandados contra suspeitos de homicídio em distribuidora de bebidas de Sorriso

Entre os alvos estão o executor, o mandante do crime e sua esposa, médica que teria cometido fraude processual para ocultar evidências

Valéria Domingo

 

Na manhã desta terça-feira (15), a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Inimigo Íntimo, em cumprimento de cinco ordens judiciais - dois mandados de prisão temporária e três de busca e apreensão - relacionadas ao homicídio de Ivan Michel Bonotto, ocorrido em março em uma distribuidora de bebidas em Sorriso (MT). As investigações apontam que o crime teve motivação passional e envolvem tentativa de encobrir provas por parte da esposa do mandante.

 

Relembre o crime

 

Na madrugada do dia 22 de março, Ivan Michel Bonotto foi vítima de uma tentativa de homicídio na distribuidora de bebidas no bairro Residencial Village. Ele atingido com várias perfurações de faca e internado no Hospital 13 de Maio, onde chegou a apresentar melhora, mas acabou falecendo no dia 13 de abril após uma parada cardiorrespiratória.

Inicialmente, as versões apresentadas por envolvidos indicavam que o crime teria ocorrido após uma briga em um bar. O proprietário da distribuidora, ouvido na delegacia, negou relação com as partes e afirmou desconhecer o motivo do conflito. O autor das facadas também alegou legítima defesa.

 

Porém, as investigações conduzidas pela Delegacia de Sorriso revelaram que a motivação do crime foi passional. A vítima era amigo pessoal do proprietário do estabelecimento e mantinha um relacionamento amoroso com a esposa dele, que é médica no município.

 

Imagens de câmeras de segurança mostraram que a vítima foi atraída até a distribuidora e atacada pelas costas, contrariando as versões iniciais. Além disso, a médica usou sua posição para furtar o celular da vítima no hospital logo após sua chegada, apagando mensagens, fotos e vídeos que poderiam incriminar os envolvidos.

 

Fraude processual

 

Quatro minutos após a vítima dar entrada no hospital, a médica chegou ao local se apresentando como amiga do paciente. No entanto, segundo a investigação, seu real objetivo era usar sua posição profissional para subtrair o celular da vítima e apagar evidências que ligavam o casal ao crime.

 

Durante o período em que manteve o aparelho consigo, a investigada apagou mensagens, fotos e até um vídeo gravado pela vítima que mostrava o autor das facadas. Apenas três dias depois, ela entregou o celular à família, afirmando que havia excluído alguns arquivos para “proteger” a vítima.

 

O delegado Bruno França explicou que a médica é suspeita de fraudar o processo para proteger o casal. Em razão das evidências, a Justiça autorizou as prisões e buscas que foram cumpridas hoje.

 

 “As investigações apontaram que a médica foi mentora da fraude processual e que após o crime, cometeu uma série de atos com o fim de esconder da Polícia a realidade dos fatos”, explicou o delegado. 

 

As investigações continuam para esclarecer integralmente os fatos e a participação de todos os envolvidos.

 

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