A ex-mulher de Idirley Alves Pacheco, de 40 anos, prestou depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e confirmou que mantinha um relacionamento com o ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, conhecido como “Boi”, assassinado no dia 10 de julho.
De acordo com o delegado Caio Albuquerque, responsável pelo caso, o envolvimento entre a mulher e a vítima teve início cerca de um mês antes do crime. Everton, segundo o depoimento, era próximo da família por laços religiosos e passou a ajudá-la durante o processo de separação conjugal — situação que, segundo ela, era desconhecida por Idirley.
“Há cerca de um mês a vítima aparece no contexto familiar. Ele era ligado por vínculos religiosos, aí foi apresentado para ela e pouco depois se dispõe a auxiliar na separação do casal. Ainda nesse mês ocorre essa aproximação mais íntima dos dois”, afirmou o delegado.
No dia do homicídio, as duas caminhonetes Amarok se encontraram. Em determinado momento, o veículo parou bruscamente e Idirley desceu com pertences da filha para transferi-los para a caminhonete da ex-mulher e ele se dirigiu ao veículo onde estava a vítima "Boi". De forma repentina, levantou a camisa, sacou uma arma, entrou no banco traseiro e apontou o revólver para a cabeça do ex-atleta, antes de fugir do local.
Segundo a mulher, a arma usada no crime pertencia ao próprio Idirley e era mantida para defesa em áreas rurais. Ela também relatou que vivia em um relacionamento marcado por controle e opressão: era proibida de trabalhar ou estudar, o que motivou a decisão de se separar.
O caso segue sob investigação da DHPP.