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POLICIAL Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 17:36 - A | A

Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 17h:36 - A | A

TIRO NA CABEÇA

Delegado descarta suicídio de psicóloga e aponta feminicídio: “Foi o marido”

O empresário segue preso e sustenta a versão de que foi vítima da esposa

Da Redação

 

O delegado Ugo Mendonça confirmou nesta terça-feira (17) que a hipótese de suicídio da psicóloga Janaina Carla Portela Santin, de 43 anos, foi completamente descartada. A morte da mulher, encontrada com um tiro na cabeça dentro de casa em Cuiabá, passou a ser tratada como feminicídio, e o principal suspeito é o próprio marido, Fábio Teixeira Santin, de 44 anos, que está preso.

 

Segundo o delegado, a perícia criminal e a necropsia descartaram qualquer indício de tiro encostado na vítima, como alegado inicialmente pelo marido. “A cena do crime não apresentava nenhuma característica de suicídio. A direção do disparo, da direita para a esquerda, sem contato com a pele, não condiz com o relato de Fábio”, afirmou Mendonça.

 

Além do tiro fatal na cabeça da psicóloga, outros seis disparos foram feitos dentro do imóvel no Residencial Delta. A suspeita é de que Fábio tenha alterado a cena do crime, tentando simular que Janaina teria disparado contra ele antes de tirar a própria vida. “A arma foi encontrada próxima ao corpo, mas a posição, as cápsulas espalhadas e os indícios no corpo dele mostram que ele mesmo se baleou na perna para reforçar a mentira”, explicou o delegado.

 

O empresário segue preso e sustenta a versão de que foi vítima da esposa. No entanto, a Polícia Civil considera que há provas suficientes para responsabilizá-lo pela morte de Janaina. A pistola calibre .380 usada no crime foi apreendida com um carregador contendo 14 munições intactas.

 

O caso

O crime aconteceu na noite de segunda-feira (16). Quando a polícia chegou à residência do casal, encontrou Janaina morta e o marido ferido. Ele foi socorrido e levado ao hospital, mas já passou por audiência de custódia. No local, foram encontradas cápsulas deflagradas, marcas de tiros nas paredes e fortes indícios de encenação, segundo a perícia da Politec.

 

A investigação continua com diligências complementares, mas a linha de apuração está centrada na tipificação como feminicídio, um crime de violência extrema que vitima milhares de mulheres no Brasil todos os anos.

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