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MUNDO Terça-feira, 15 de Abril de 2025, 13:51 - A | A

Terça-feira, 15 de Abril de 2025, 13h:51 - A | A

POLÊMICA

China responde ao tarifaço de Trump e veta compra de jatos da Boeing

A medida surge como retaliação direta às tarifas de até 145% impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos chineses, reacendendo a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo


A tensão comercial entre Estados Unidos e China ganhou um novo capítulo esta semana com a decisão do governo de Pequim de suspender a compra de jatos da Boeing por companhias aéreas chinesas.

 

A medida surge como retaliação direta às tarifas de até 145% impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos chineses, reacendendo a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

 

Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, o governo chinês instruiu formalmente as companhias aéreas a cancelarem qualquer aquisição de equipamentos e peças de aeronaves provenientes de empresas dos EUA.

 

A resposta de Pequim não se limitou à aviação: tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos também foram anunciadas, intensificando ainda mais o embate entre as duas potências.

 

O Ministério do Comércio chinês não poupou críticas à postura de Washington.

 

Em comunicado enviado à Organização Mundial do Comércio (OMC), o ministro Wang Wentao alertou para as consequências globais das políticas tarifárias norte-americanas, mencionando até o risco de uma crise humanitária com efeitos imprevisíveis.

 

A fala ocorreu após conversa telefónica com a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, na qual Wang acusou os EUA de semear incerteza e instabilidade a nível internacional.

 

No mesmo fim de semana, o governo chinês fez um apelo formal para que os EUA cessem com as tarifas sobre importações de vários países.

 

O comunicado, publicado pelo Ministério do Comércio, enfatizou a necessidade de os EUA “corrigirem seus erros” e retomarem um caminho baseado em respeito mútuo e cooperação internacional.

 

A decisão chinesa já teve impacto nos mercados. As ações da Boeing registaram queda de 3% no pré-mercado norte-americano nesta terça-feira (15), enquanto os papéis da Airbus — concorrente europeia com presença consolidada na Ásia — valorizaram-se em 1%.

 

Esta troca de retaliações mostra que a guerra comercial, longe de arrefecer, está a escalar com potencial de afectar gravemente não só o setor da aviação civil, mas toda a economia global, principalmente os países em desenvolvimento que dependem fortemente das cadeias internacionais de comércio.

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