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MUNDO Sábado, 19 de Abril de 2025, 09:57 - A | A

Sábado, 19 de Abril de 2025, 09h:57 - A | A

CLIMA TENSO

Casa Branca reformula versão oficial e aponta laboratório na China como provável origem da Covid-19

 

Em uma reviravolta controversa, a Casa Branca atualizou o seu site oficial e alterou a posição dos Estados Unidos sobre a origem da Covid-19.

 

A nova versão, divulgada nesta sexta-feira (18), sustenta que o coronavírus teve origem em um incidente laboratorial na China, rompendo com a narrativa anterior, amplamente aceita pela comunidade científica, de que o vírus teria sido transmitido de um animal para humanos.

 

O novo site, entitulado “Lab Leak — a verdade sobre as origens da Covid-19”, acusa diretamente a administração do ex-presidente Joe Biden de ter favorecido a teoria naturalista, supostamente com o intuito de agradar setores democratas e ocultar outras hipóteses.

 

A página inclui uma imagem de Donald Trump e apresenta argumentos que apontam para o Instituto de Virologia de Wuhan, situado a cerca de 7 km do mercado municipal de frutos do mar onde os primeiros casos foram registados.

 

A publicação questiona a credibilidade do infectologista Anthony Fauci, antigo assessor de saúde de Biden, e alega que ele teria usado um único estudo para desacreditar a hipótese do vazamento de laboratório.

 

A Casa Branca argumenta que a publicação científica citada, “A Origem Proximal do SARS-CoV-2”, foi influenciada por Fauci para reforçar a versão de origem natural.

 

Apesar da nova posição americana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que ainda não existem dados suficientes para concluir de forma definitiva como surgiu o vírus.

 

Em 2021, a entidade descartou a possibilidade de um vazamento, mas, no ano seguinte, declarou que as investigações continuavam inconclusivas devido à ausência de dados fornecidos pela China.

 

Estudos mais recentes, conduzidos por cientistas chineses, identificaram material genético de animais selvagens em amostras coletadas no mercado de Wuhan, reforçando a hipótese de transmissão zoonótica — ou seja, de animal para humano — que continua a ser a mais amplamente defendida pela comunidade científica internacional.

 

Ainda assim, as lacunas nos dados e as dificuldades de acesso a informações na China perpetuam o debate.

 

A administração Trump também aproveitou para criticar o governo chinês, alegando que a supervisão das pesquisas de risco no país asiático é deficiente e pouco transparente.

 

O movimento ocorre num contexto de tensão geopolítica entre EUA e China, agravado por políticas comerciais agressivas e disputas tecnológicas.

 

Mesmo com o novo posicionamento da Casa Branca, não há evidências conclusivas de que o vírus tenha escapado de um laboratório.

 

Especialistas alertam que alimentar hipóteses sem base científica sólida pode abrir espaço para desinformação e teorias da conspiração, num momento em que a confiança pública nas instituições de saúde continua a ser essencial.

 

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