Adam Sheafe, de 51 anos, confessou ter assassinado brutalmente o pastor Bill Schonemann, de 76 anos, no estado do Arizona, nos Estados Unidos.
O crime chocou o país não apenas pela sua crueldade, mas também pela motivação declarada: uma missão chamada “Operação Primeiro Mandamento”, que visava eliminar líderes religiosos que, segundo ele, “deturpavam a verdade ao pregar que Jesus é Deus”.
Schonemann, que liderava a Capela Bíblica de New River, foi encontrado em sua residência em uma cena macabra. Amarrado à cama, com os braços pregados à parede em uma simulação de crucificação, ele ainda teve uma coroa de espinhos artesanal colocada na cabeça por Sheafe, que colheu galhos com espinhos no deserto especialmente para esse fim.
Durante uma entrevista à Fox 10, direto da prisão, Sheafe revelou que pretendia matar 14 líderes religiosos em 10 cidades diferentes, distribuídas por vários estados. Segundo ele, o plano começaria e terminaria em Phoenix.
A sua prisão aconteceu quando se aproximava de uma nova vítima, próximo a outra capela, onde pretendia matar dois padres. Um contratempo inesperado a aparição de uma mulher de bicicleta teria frustrado o ataque naquele momento.
Sem antecedentes de abusos religiosos e afirmando ter vindo de uma família cristã tradicional, Sheafe negou sofrer de qualquer transtorno mental. Ainda assim, não demonstrou arrependimento pelas suas ações, exceto pela dor causada às famílias das vítimas.
“Sinto muito por eles terem sido pegos no fogo cruzado. Mas pelas minhas ações, não peço desculpas. Estou defendendo meu Pai”, declarou.
O assassino revelou ainda que seu objetivo incluía líderes de diferentes vertentes religiosas católicos, protestantes e mórmons acusando-os de perpetuar uma doutrina que ele considera herética: a divindade de Jesus Cristo. Para Sheafe, apenas Deus Pai é Deus, e as demais interpretações seriam invenções humanas.
As autoridades continuam a investigar se há outros envolvidos ou cúmplices na suposta "missão" e avaliam o estado mental do acusado, apesar das suas próprias alegações.