Um servidor do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), identificado pelas iniciais B.N.S.F., foi afastado de suas funções após ser preso em flagrante, suspeito de perseguir e assediar duas meninas de 10 e 12 anos, em Cuiabá.
O caso, que chocou a comunidade local, levou a instituição a instaurar um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar os fatos e determinar possíveis sanções.
A portaria que formaliza o afastamento cautelar foi publicada no dia 22 de maio, mas somente veio a público na última segunda-feira (2).
Conforme o documento oficial, o servidor será mantido afastado por até 60 dias ou até a conclusão do processo administrativo, o que ocorrer primeiro.
A comissão encarregada da apuração deverá iniciar os trabalhos de forma imediata, com prazo de 60 dias para apresentar o resultado das investigações, a contar da citação do servidor.
O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Fonseca Costa, reforçou que o afastamento é uma medida essencial para assegurar a lisura da apuração.
“A instauração do PAD e o afastamento cautelar são medidas necessárias para garantir a transparência e a responsabilidade na apuração dos fatos”, declarou.
O episódio que desencadeou a prisão ocorreu no dia 6 de maio, no bairro Novo Colorado, quando o servidor foi detido pela Polícia Militar após supostamente abordar duas meninas.
Imagens de câmeras de segurança mostram o carro vermelho que ele conduzia seguindo uma das vítimas, até parar em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), local para onde as menores correram em busca de segurança.
As vítimas prestaram depoimento na presença de seus responsáveis legais, e os autos foram encaminhados à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Devido ao envolvimento de menores de idade, mais informações sobre o caso estão sob sigilo.