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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 14:15 - A | A

Quarta-feira, 28 de Maio de 2025, 14h:15 - A | A

FRAUDE EM CARTÓRIOS

MP pede R$ 4 milhões de cartório e empresário por esquema em registro de imóvel em MT

A fraude não parou por aí: com conivência do servidor público, a área da fazenda foi ilegalmente ampliada para 2.661 hectares nos registros.

Da Redação

Um esquema de fraude envolvendo o registro de uma propriedade rural levou o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) a exigir que um oficial de cartório e um empresário arquem com R$ 4 milhões em multas e ressarcimentos aos cofres públicos. A ação ocorre em Paranatinga, a 373 km de Cuiabá.


Na segunda-feira (27), a 1ª Promotoria de Justiça Cível de Paranatinga apresentou manifestação contrária ao recurso de apelação interposto por Antônio Francisco de Carvalho (então oficial do Cartório de Registro de Imóveis da cidade) e Ronaldo Galvão da Silva, empresário condenado por fraude tributária e falsificação documental.


Ambos já haviam sido condenados em fevereiro deste ano por envolvimento direto em um golpe que manipulou documentos para burlar o pagamento do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e inflar de forma ilegal a área de uma fazenda.



Como funcionava o esquema

Segundo o Ministério Público, Ronaldo comprou uma propriedade rural chamada “Fazenda Guerreiro”, de 1.500 hectares, e, com apoio do então cartorário Antônio, apresentou uma guia de ITBI falsificada para registrar a escritura de compra e venda. A fraude não parou por aí: com conivência do servidor público, a área da fazenda foi ilegalmente ampliada para 2.661 hectares nos registros.

O empresário, então, vendeu o imóvel superfaturado, lucrando de forma ilícita cerca de R$ 1 milhão. O novo comprador, Dieggo Bruno Pio da Silva, adquiriu a terra sem saber da fraude.


As punições


A Justiça já determinou que ambos devem pagar:

R$ 1 milhão de multa civil cada um

R$ 1 milhão cada em ressarcimento pelos prejuízos ao erário

Antônio também foi punido com:

Perda da função pública

Suspensão dos direitos políticos por 10 anos

Proibição de contratar com o poder público por igual período

Já Ronaldo teve os direitos políticos suspensos e está impedido de contratar com órgãos públicos por cinco anos.



O que pede o MP agora

Na nova manifestação, o Ministério Público pede que o Tribunal rejeite o recurso dos réus ou, caso o acolha, mantenha integralmente a condenação anterior.

A promotoria classificou os atos como claros exemplos de improbidade administrativa, fraude cartorial e enriquecimento ilícito, afirmando que “não há margem para absolvição diante do conjunto probatório robusto” reunido nos autos.

O caso segue em julgamento no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

 

 

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