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JUDICIÁRIO Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 15:26 - A | A

Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 15h:26 - A | A

URGENTE

Moraes ameaça prender Aldo Rebelo por desacato durante audiência

Rebelo respondeu que sua interpretação era legítima: “A minha avaliação da língua portuguesa é minha.”

Da Redação

 

Um momento de forte tensão marcou a audiência desta sexta-feira (23) no Supremo Tribunal Federal (STF), quando o ministro Alexandre de Moraes advertiu o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo de que ele poderia ser preso por desacato. O embate aconteceu durante o depoimento de Rebelo como testemunha de defesa do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, investigado por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

 

O incidente teve início quando o advogado de defesa, o ex-senador Demóstenes Torres, questionou Rebelo sobre a suposta disposição de Garnier em colocar as tropas da Marinha à disposição do então presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, Rebelo usou uma metáfora para relativizar a interpretação literal da frase:

“Na língua portuguesa, precisamos colocar em consideração a força de expressão. Quando alguém diz ‘estou frito’, não significa que esteja dentro de uma frigideira. Quando alguém diz ‘estou à disposição’, não significa literalmente o que quer dizer.”

 

A explicação foi interrompida por Moraes, que interveio de forma contundente:

“O senhor estava naquela reunião? Não? Então o senhor não tem condições de avaliar a língua portuguesa naquela ocasião. Atenha-se aos fatos.”

 

Rebelo respondeu que sua interpretação era legítima: “A minha avaliação da língua portuguesa é minha.”

Foi então que Moraes elevou o tom e advertiu: “Se não se comportar, será preso por desacato.” O ex-ministro reagiu, dizendo que estava se comportando, mas insistiu que não poderia responder a pergunta de forma simplificada com "sim ou não".

 

A audiência prosseguiu após o advogado mudar a linha de questionamento. Aldo Rebelo foi convocado como testemunha de defesa no inquérito que investiga a conduta de Almir Garnier nos momentos que antecederam o 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

 

 

 

 

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