Durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (6), os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso defenderam que tanto a Constituição Federal quanto a Bíblia Sagrada permitem interpretações diversas e livres de seus conteúdos.
O debate ganhou tom inusitado ao contar com a participação do ministro André Mendonça, pastor presbiteriano, que advertiu sobre os riscos das interpretações bíblicas equivocadas, que podem levar a heresias.
O diálogo aconteceu no contexto do julgamento que discute a ampliação do tributo federal Cide-Tecnologia — Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico aplicada às atividades de desenvolvimento tecnológico.
Gilmar Mendes destacou que a Bíblia foi escrita com múltiplos sentidos, o que abre espaço para diferentes interpretações por parte dos leitores. “Dizem que a Bíblia também foi escrita com sentidos diversos para que cada leitor fizesse sua interpretação”, afirmou o ministro.
Luís Roberto Barroso concordou, apontando que a complexidade das línguas originais, como aramaico, grego e latim, dificulta a compreensão simples do texto sagrado. “Porque não usaram a linguagem simples. E depois fizeram traduções em aramaico, grego, latim, aí ficou difícil”, complementou.
Em resposta, o ministro André Mendonça alertou para os perigos de interpretações incorretas da Bíblia, que historicamente deram origem a grandes heresias. “A má interpretação da Bíblia pode produzir grande heresias. A história tem grandes exemplos disso”, disse Mendonça antes de declarar seu voto no julgamento.
A Cide-Tecnologia foi criada pela Lei nº 10.168/2000 para apoiar programas cooperativos de pesquisa científica e tecnológica entre universidades, institutos de pesquisa e o setor produtivo. A sessão foi suspensa após pedido de vista do ministro Nunes Marques, que solicitou mais tempo para análise do tema.
José Maria Cesar Liria Clemencia de Jesu 08/08/2025
Agora deu, os ministro virarão Teólogos grandes estudiosos da Biblia...só que faltava....
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