A Folha do Estado teve acesso, em primeira mão, ao processo que investiga o suposto esquema de cobrança de propina envolvendo fraudes em laudos periciais utilizados em disputas fundiárias. Entre os nomes citados está o da perita criminal da Politec, Luciana Dias Correa de Oliveira, que atuava como perita nomeada pelo juízo.
A investigação faz parte da Operação Mente Perita, deflagrada nesta terça-feira (10) pela Delegacia de Sorriso. A operação apura possíveis fraudes em laudos técnicos utilizados em processos judiciais relacionados a conflitos de terra.
Segundo a Polícia Civil, a apuração teve início após uma denúncia de que o suspeito Thyago teria solicitado R$ 2 milhões para fraudar uma perícia em um processo estimado em R$ 50 milhões. De acordo com as investigações, Luciana e Thyago exigiam vantagens financeiras das partes envolvidas, em troca de laudos que favorecessem um dos lados da disputa judicial.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra os investigados.
O que dizem os envolvidos:
Tyago Jorge Machado afirmou “não ter atuado como perito nem como assistente no caso mencionado” e declarou que “não possui qualquer relação pessoal com a servidora investigada”.
Confira a nota de Tyago Jorge Machado na íntegra:
A perita nomeada pelo Juízo é a senhora Luciana Dias Correa de Oliveira, servidora concursada da Politec. Conforme relatado na matéria, caso tenha havido acesso indevido a um documento sigiloso dentro da Politec — suposto objeto da investigação — tal ação só poderia ter sido praticada por alguém com vínculo com o órgão. Nesse contexto, considerando que a apuração envolve apenas duas pessoas, sendo uma delas integrante da instituição e a outra não, infere-se que a responsabilidade recairia, em tese, sobre a referida perita.
Esclareço que não tenho qualquer relação pessoal ou profissional com a perita Luciana. Também não atuei como perito ou assistente técnico no processo de nº 0001713-07.2017.8.11.0107, em trâmite na Vara Única de Nova Ubiratã, no qual ela apresentou o laudo técnico.
Se a investigação trata de eventual falsificação ou adulteração de laudo judicial, subentende-se que o documento em questão seja o elaborado e entregue pela perita criminal Luciana Dias Correa de Oliveira.
A equipe de jornalismo da Folha do Estado entrou em contato, por telefone, com a perita Luciana Dias Correa de Oliveira, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para que a servidora possa apresentar sua versão dos fatos.
Yago 12/06/2025
Tem que investigar na conta de quem caiu os dois milhoes né… tem gente que não tá falando a verdade e tá usando o colega de bode expiatório
Valentina 11/06/2025
Mais um bode expiatório para servidor público concursado fazer o que quer.
Valério 11/06/2025
Engraçado demora tanto para pedir mandado de busca e apreensão na casas dos suspeitos, você acha que os suspeitos já não sumiram com as provas e deixaram somente café e pão para polícia. E pode ficar de olho onde tem dois malandros, pode ter muito mais.
3 comentários