O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum de tumor maligno no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa para o triênio 2023–2025 é de 221 mil novos diagnósticos anuais. Em meio a esse cenário, esta sexta-feira (13 de junho) marca o Dia Global de Conscientização sobre o Câncer de Pele Não Melanoma, enquanto o mês é dedicado à campanha Junho Preto, que chama atenção para o melanoma, tipo mais agressivo de câncer cutâneo.
De acordo com o médico patologista Carlos Aburad, é essencial reforçar os cuidados com a exposição solar, promover campanhas educativas eficazes e estimular a realização de biópsias para detecção precoce. Os principais grupos de risco incluem pessoas de pele clara, idosos, imunossuprimidos, trabalhadores expostos ao sol e pessoas com lesões pré-existentes, como queratoses actínicas e cicatrizes crônicas.
“A detecção rápida aumenta as chances de cura e salva vidas. Muitas vezes, lesões simples são negligenciadas e o diagnóstico é tardio”, alerta Aburad.
O patologista ainda destaca que feridas que não cicatrizam, manchas que mudam de cor ou sangram com facilidade devem ser investigadas com urgência. O acompanhamento regular com dermatologista é fundamental para evitar agravamentos e tratamentos mais agressivos.
Tipos e riscos
Os dois tipos mais comuns de câncer de pele não melanoma são:
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Carcinoma basocelular: responde por 70% a 80% dos casos, tem crescimento lento e raro risco de metástase.
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Carcinoma espinocelular: representa de 20% a 30%, é mais agressivo e com maior chance de metástase.
Embora menos comum (cerca de 3% dos casos), o melanoma é considerado o mais letal e agressivo. A prevenção e o diagnóstico precoce são as maiores armas contra ele.
Além do uso diário de protetor solar, os especialistas recomendam autoavaliação da pele e consulta médica imediata ao notar alterações em manchas ou lesões.
“O câncer de pele é evitável e, quando diagnosticado cedo, altamente tratável. O desafio é criar uma cultura de prevenção contínua, e não temporária”, reforça Aburad.