Mato Grosso vive um dos maiores desafios de saúde pública em 2025, figurando como o estado com mais casos de chikungunya no Brasil e ocupando o quinto lugar em registros de dengue.
Desde o início do ano, as duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti já contabilizam 75.945 casos e 67 mortes confirmadas no estado.
Apesar dos números expressivos, informações divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) apontam uma desaceleração no avanço das doenças entre os meses de maio e junho.
A chikungunya, que teve um pico alarmante nos meses de janeiro e fevereiro, com mais de 24 mil diagnósticos, registrou uma queda considerável. No mês de junho, foram notificados 600 casos, uma redução de 9% em relação ao mês anterior.
O levantamento também revela que a maioria dos casos de chikungunya atinge mulheres, que representam 61,7% das notificações.
A faixa etária mais impactada é de 25 a 29 anos, com forte presença também entre adultos de 20 a 39 anos. A doença já provocou 55 mortes confirmadas, enquanto outras 26 seguem sob investigação.
A situação da dengue não é muito diferente. Com 30.782 casos registrados no acumulado do ano, a doença teve seu maior surto em janeiro, quando 8.157 pessoas foram diagnosticadas.
O número caiu significativamente nos meses seguintes, chegando a 753 casos em junho, o que representa uma queda de 12,6% comparado ao mês anterior.
O perfil das vítimas da dengue também apresenta predominância feminina, com 55,6% dos registros, e a faixa etária mais afetada coincide com a da chikungunya, destacando principalmente os jovens adultos.
Entre os municípios mais impactados, Várzea Grande aparece no topo da lista, seguida por Sinop, Rondonópolis, Cáceres e Cuiabá.
Mesmo com um início de ano mais crítico do que 2024, a curva de casos vem apresentando redução desde então, embora a situação ainda exija atenção.