O ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, negou nesta terça-feira (10) qualquer participação na elaboração de uma minuta de decreto que poderia instaurar estado de sítio ou de defesa no país após as eleições de 2022. A declaração foi feita durante depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na fase de oitivas dos réus acusados de tentativa de golpe de Estado.
Torres, que foi o quarto réu a prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, disse que o documento apreendido pela Polícia Federal em sua residência não era de sua autoria nem de seu interesse. Segundo ele, a minuta era um dos muitos textos que chegavam aos ministérios na Esplanada dos Ministérios e jamais foi discutido com o então presidente Jair Bolsonaro ou outros integrantes do governo.
“Não é a minuta do golpe. É a minuta do Google, porque está no Google até hoje”, ironizou o ex-ministro. “Eu realmente nem me lembrava dessa minuta, fui ver isso quando foi apreendida pela Polícia Federal. Foi uma surpresa. Na minha casa foi colocado para ser descartado, nunca tratei com o presidente e nem com ninguém”, completou.
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