O iFood anunciou nesta terça-feira (5) que investirá R$ 17 bilhões no Brasil entre abril de 2025 e março de 2026. O montante supera os valores aplicados pela plataforma nos anos anteriores: R$ 10,3 bilhões em 2024 e R$ 13,6 bilhões em 2025, considerando os 12 meses encerrados em março de cada ano.
A maior parte dos recursos será destinada a ações para impulsionar o tráfego no aplicativo, aumentar a frequência de pedidos e ampliar a atuação da empresa em novos segmentos. Segundo o CEO Diego Barreto, o iFood mantém uma visão otimista sobre o cenário nacional, mesmo diante das tensões geopolíticas internacionais.
"Essa discussão geopolítica vai passar de um jeito ou de outro", afirmou Barreto, em entrevista à Reuters. Ele também projetou um nível de desemprego constantemente baixo no Brasil, sustentado pela atuação do Banco Central no controle da inflação.
O investimento prevê ainda reforço em tecnologia e inovação, com o desenvolvimento de inteligência artificial própria. Outra frente de atuação será a oferta de crédito tanto a restaurantes parceiros quanto a consumidores.
A empresa prevê a contratação de 1.100 funcionários diretos no período, sendo mais da metade para a área de tecnologia. Com isso, o total de empregados deve ultrapassar 8.600.
O aporte anunciado não inclui eventuais aquisições, embora rumores de mercado apontem um interesse do iFood na compra da empresa de cartões de benefícios Alelo — assunto não comentado pela companhia.
Hoje, o iFood atua em 1.500 cidades, tem 55 milhões de clientes ativos e movimenta cerca de 120 milhões de pedidos por mês. A meta da plataforma é alcançar 200 milhões de pedidos mensais em até três anos.
A empresa faz parte do portfólio latino-americano da Prosus, grupo de investimentos com sede na Holanda.