A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (30/4). O número representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024 (6,2%), mas segue 0,9 ponto abaixo da taxa registrada no mesmo período do ano passado (7,9%).
Apesar da alta, trata-se da menor taxa de desocupação para um 1º trimestre desde 2012, ano de início da série histórica da pesquisa. O recorde anterior era de 7,2%, registrado em março de 2014.
A elevação da taxa foi puxada pelo aumento da população desocupada, que cresceu 13,1% no trimestre (mais 891 mil pessoas), totalizando 7,7 milhões de desempregados. Ao mesmo tempo, o número de pessoas ocupadas recuou 1,3%, o que significa que o país perdeu 1,3 milhão de postos de trabalho, com um total de 102,5 milhões de brasileiros empregados.
No ano, porém, o número de desempregados caiu 10,5% — são 909 mil pessoas a menos em relação ao mesmo trimestre de 2024.
A força de trabalho total no país chegou a 110,2 milhões de pessoas, uma queda de 0,4% ante o trimestre anterior
Outros destaques da pesquisa:
-
Nível de ocupação: 57,8%
-
População subutilizada: 18,5 milhões (15,9%)
-
População desalentada: 3,2 milhões
-
Empregados com carteira no setor privado: 39,6 milhões
-
Empregados sem carteira: 13,5 milhões
-
Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
-
Taxa de informalidade: 38% (38,9 milhões de pessoas)
-
média bate novo recorde
O rendimento médio habitual do trabalhador subiu para R$ 3.410, o maior valor já registrado na série histórica. O aumento foi de 1,2% no trimestre e 4% no ano. As maiores altas foram registradas nos setores de:
-
Agricultura, pecuária, pesca e aquicultura: +4,1%
-
Administração pública, saúde e educação: +3,2%
A massa de rendimento ficou em R$ 345 bilhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior.