O governo de Mato Grosso está consolidando um mapeamento inédito das atividades de mineração no estado, envolvendo mais de 2.800 mineradores e cerca de 10 mil processos em andamento. A informação foi apresentada durante a 4ª reunião do Grupo de Trabalho da Mineração, realizada nesta quinta-feira (24), na sede da Assembleia Legislativa.
De acordo com o secretário adjunto de Mineração, Paulo Leite, o estado soma cerca de 22 milhões de hectares com potencial mineral. O esforço atual é de organização e estruturação do setor, com a criação de uma secretaria adjunta específica para a área. "Estamos cadastrando todas as atividades para agilizar processos, garantir apoio tecnológico, instalar laboratórios e fomentar a pesquisa. Mato Grosso possui uma riqueza mineral que ainda precisa ser melhor identificada", afirmou.
A reunião também discutiu os preparativos para a Semana da Mineração, prevista para maio de 2025 em Cuiabá, e o fortalecimento do cooperativismo mineral. Gilson Camboim, presidente da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), destacou que o modelo de cooperativas do estado já é exemplo nacional pela organização e estrutura. Dentro desse contexto, foi anunciado o Fórum de Ramos, que reunirá cooperativas de diversos estados para trocar experiências e fortalecer o setor.
“Estamos consolidando quatro grandes frentes de trabalho: negociações, capacitações, workshops e a interiorização do grupo para alcançar também os municípios do interior”, explicou Taís Costa, vice-presidente do GT, que adiantou que a próxima reunião acontecerá na primeira semana de maio.
Criado em abril do ano passado, o Grupo de Trabalho da Mineração busca acompanhar e propor políticas públicas para o setor. O objetivo principal, segundo Taís, é garantir que a atividade mineral tenha diretrizes claras inseridas na Constituição Estadual.
“Queremos deixar como legado a construção da política pública da mineração dentro da Constituição de Mato Grosso”, finalizou.