Neste 13 de julho, quando o mundo reverencia o Dia Internacional do Rock, o Brasil presta tributo à mulher que não apenas cantou a rebeldia — mas a vestiu com maestria. Rita Lee, eterna rainha do rock nacional, foi um ícone de estilo tanto quanto de atitude. Com ela, a moda encontrou no palco um novo sentido: o da provocação elegante, da autenticidade sem esforço, da liberdade em cada detalhe do figurino.
Do psicodelismo colorido dos anos 60 ao glamour exagerado das décadas seguintes, Rita passeou por todas as estéticas com um senso único de identidade. Camisas de lantejoulas, casacos peludos, macacões metalizados, botas extravagantes e óculos escuros de armações teatrais: cada peça era mais que um look — era uma declaração.
Ao lado de Roberto de Carvalho, no palco ou fora dele, Rita sempre soube incorporar a sofisticação do rock à sua essência libertária. Misturava referências sem pedir licença, transformando-se a cada fase em uma personagem que ela mesma inventava. Foi camaleoa, bruxa urbana, diva futurista, palhaça crítica e musa pop — sempre fiel a si.
Mas Rita Lee também inspirou a moda brasileira fora dos palcos. Sua figura serviu — e ainda serve — de referência para estilistas, editoriais, campanhas e coleções inteiras. Ela provou que estilo não é seguir tendências, e sim moldá-las com coragem, humor e sensibilidade.
A roqueira dos cabelos vermelhos nos deixou em 2023, aos 76 anos, mas seu legado ultrapassa as canções. Está vivo nas passarelas, nas vitrines e na atitude de quem ousa ser diferente. Rita foi e será sempre sinônimo de vanguarda, uma mulher que transformou seu guarda-roupa em manifesto artístico.
Neste Dia do Rock, o mundo fashion aplaudem a musa que eternizou o jeans rasgado, o brilho exagerado, o batom vermelho e os sapatos ousados como expressões legítimas de arte e poder.