Enquanto o mundo avança em acordos bilaterais estratégicos com os Estados Unidos,
o Brasil assiste, inerte, à imposição da maior tarifa da história sobre o alumínio nacional:
50% a partir de 1º de agosto.
Mas… e os outros países?
Todos os aliados comerciais estratégicos dos EUA conseguiram negociar reduções tarifárias, isenções ou novos pactos econômicos.
O MUNDO NEGOCIA. O BRASIL CALA.
Japão
* Tarifa de importação reduzida de 25% para 15%
* Integração econômica ampliada com os EUA
* Abertura do mercado japonês a produtos americanos como arroz, carros e caminhões
Reino Unido
* Tarifa reduzida de 25% para 10%
* Isenção total para componentes aeroespaciais
* Ampliação do acesso a bens britânicos no mercado americano
União Europeia
* Tarifa de importação reduzida de 30% para 15%
* Tarifa zero para aeronaves, químicos e genéricos
* Negócios bilaterais de US$ 750 bilhões em energia e outros setores
Arábia Saudita
* Investimento histórico de US$ 600 bilhões nos EUA
* Maior venda de equipamentos militares da história (US$ 142 bilhões)
* Acordos em IA, infraestrutura energética e dados
Vietnã e Indonésia
* Parcerias estratégicas para semicondutores e energia limpa
* Estreitamento de relações bilaterais com foco em exportações industriais
China
* Trégua econômica com os EUA
* Acordos em clima, inteligência artificial e combate ao fentanyl
E O BRASIL?
Vamos aos fatos:
Trump já impôs tarifas de 50% sobre o alumínio brasileiro.
Entram em vigor agora, em agosto de 2025.
É a tarifa mais pesada da história sobre o setor.
E até agora, nenhum canal diplomático do governo Lula conseguiu contornar isso.
O Brasil não aparece em nenhuma prioridade da nova agenda Trump.
Os países que estão ganhando espaço na mesa (Japão, Vietnã, Arábia Saudita, Índia, Israel) são aqueles que:
* Alinham valores ou interesses com os EUA
* Oferecem ganhos geoestratégicos
* Têm governos considerados “business-friendly” pela Casa Branca
A retórica de Lula e o alinhamento com Irã, Venezuela e China são vistos pela equipe de Trump como provocações ideológicas.
E Trump pune isso.
A diferença entre o Trump de 2017 e o de 2025?
Agora ele está mais radical, menos diplomático e com sede de retomar controle geopolítico.
Ou seja: quem não se alinha, será ignorado.
E o Brasil atual, infelizmente, não inspira confiança como parceiro estratégico.
Se a pergunta é:
“Trump excluiria o Brasil da mesa?”
A resposta é:
Não só excluiria como já começou a excluir.
E a pergunta que vem depois é:
O Brasil está preparado para lidar com esse isolamento comercial em plena recessão global?
Porque, neste momento, não parece
Mila Schneider Lavelle é jornalista com formação também em teologia e especialista em Marketing, tendo atuado como Head Manager de grandes projetos internacionais e nacionais. Reconhecida por sua análise crítica e estilo incisivo, é também influenciadora digital, com ênfase em geopolítica e temas internacionais, sobretudo ligados ao Oriente Médio.
Tamy 31/07/2025
Vergonha
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