Um incêndio criminoso registrado na tarde de segunda-feira (16) no bairro Jardim Jequitibá, em Caçapava, está mobilizando a Polícia Civil e provocando forte repercussão entre os moradores da cidade. O crime chamou atenção pela cena inusitada: uma mulher, vestida como a personagem “Morte” — com capuz e túnica preta — ateou fogo a uma motocicleta estacionada em via pública.
O ato foi registrado por câmeras de segurança da região e as imagens rapidamente se espalharam por redes sociais e grupos de mensagens locais, aumentando a pressão popular por uma resposta rápida das autoridades.
Apesar de o boletim de ocorrência não constar no sistema até a manhã desta terça-feira (17), o delegado titular de Caçapava, Hugo Pereira de Castro, confirmou que os procedimentos investigativos já foram iniciados. “Fizemos um levantamento prévio e não localizamos ainda o boletim. Pode ser que tenha sido feito de forma eletrônica, o que leva até 24 horas para validação. Mesmo assim, já temos informações sobre o caso”, afirmou, em entrevista ao jornalista Jesse Nascimento.
De acordo com o delegado, as investigações preliminares apontam que a autora do incêndio seria uma mulher, e a polícia já possui detalhes sobre o veículo utilizado por ela na ação criminosa. Além da cena inusitada, o ato representa risco à segurança pública, considerando que incêndios em área urbana podem colocar em perigo o patrimônio e a integridade física de terceiros.
“Como se trata de um crime de incêndio, que é de ação penal pública incondicionada, a Polícia Civil vai agir independentemente do registro formal. Nossa prioridade é identificar a autora e, caso a vítima ainda não tenha feito o registro, ela também será localizada”, reforçou Hugo de Castro.
A motocicleta ficou parcialmente destruída pelas chamas. Até o momento, a motivação do crime segue desconhecida. A ousadia da criminosa e o impacto visual da cena aumentaram a preocupação e a cobrança da população por respostas. A Polícia Civil garantiu que o caso será tratado com rigor. “Esse tipo de ato coloca em risco não apenas o bem material, mas também a integridade das pessoas ao redor”, concluiu o delegado.
A investigação continua e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.