Monique Medeiros surpreendeu ao mudar sua versão sobre a morte do filho, Henry Borel, de apenas 4 anos. Em entrevista à TV Record, ela afirmou que foi dopada e manipulada por seu então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o "Jairinho", e por seu antigo advogado, para mentir nos depoimentos prestados à polícia.
Henry morreu em março de 2021, em um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde vivia com a mãe e o padrasto. Inicialmente, o casal afirmou que o menino teria caído da cama, mas o laudo do Instituto Médico Legal apontou 23 lesões causadas por ação contundente, além de laceração no fígado — evidências de uma agressão severa.
Monique e Jairinho estão presos e aguardam julgamento. Ela, agora com uma nova equipe de defesa, afirma que foi acordada por Jairinho na madrugada da tragédia, e não o contrário, como declarou nos primeiros depoimentos. “Ele pediu para eu mentir. Disse que eu deveria treinar a versão de que eu o acordei”, afirmou Monique. “Ele é o assassino do meu filho.”
A mãe de Henry também disse que o ex-namorado a dopou naquela noite. Segundo ela, ele teria colocado um comprimido em sua taça para que ela dormisse e não presenciasse o que aconteceria. “Ele dizia que não queria que eu ficasse acordada falando com outros enquanto ele dormia. Eu não ouvi nada naquela noite. Deveria ter dormido com meu filho na cama”, lamentou.
De acordo com seu novo relato, Henry dormiu no quarto do casal, enquanto Monique e Jairinho passaram a noite no quarto de hóspedes. Ela afirma que, por volta das 3h40 da manhã, foi acordada por Jairinho, que a levou até o quarto onde encontrou o filho sem sinais vitais: “As mãos e os pés estavam gelados. Os olhos, como se estivessem olhando para o nada”.
Jairinho nega qualquer responsabilidade e rebateu a nova versão da ex-namorada. “Se eu acordei ela ou ela me acordou, não muda nada em relação aos fatos”, declarou à reportagem.
Monique Medeiros e Jairinho estavam unidos e com o mesmo advogado inicialmente
Leniel Borel, pai de Henry e ex-marido de Monique, continua responsabilizando os dois pela morte do filho. “Entraram dois adultos e uma criança, e a criança saiu morta. Até que me provem o contrário, foram os dois”, disse. Em suas redes sociais, ele escreveu que Monique, como mãe e responsável legal, “se omitiu de sua responsabilidade” e “concorria eficazmente para a consumação do crime”.
O julgamento dos acusados deve ocorrer nos próximos meses, e o caso segue mobilizando comoção e indignação em todo o país.