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BRASIL Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 08:27 - A | A

Quinta-feira, 07 de Agosto de 2025, 08h:27 - A | A

OPERAÇÃO DESFORTUNA

Influenciadores são alvos de operação contra jogos de azar e lavagem de dinheiro

Operação da Polícia Civil cumpre 31 mandados em três estados e investiga promoção de jogos de azar online, com movimentações suspeitas que ultrapassam R$ 4 bilhões

Valéria Domingo

 

Mais uma vez, a casa caiu para influenciadores digitais envolvidos na promoção de jogos de azar online, popularmente conhecidos como “jogo do tigrinho”. Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Desfortuna, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de promover jogos ilegais na internet, lavar dinheiro e ostentar uma riqueza incompatível com a renda declarada.

 

A ação ocorre simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e prevê o cumprimento de 31 mandados de busca e apreensão. Entre os 15 influenciadores digitais investigados estão Anna Beatryz Ferracini Ribeiro, conhecida como Bia Miranda, Samuel Sant'Anna "Gato Preto",  Jenny Miranda, mãe de Bia Miranda, MauMau, Lorrany, Luiza, Micaell Santos, Nayala Duarte, Paola, Paulina Attaide, Rafael Buarque, Tailane Garcia, Tailon e Vanessa.

 

De acordo com as investigações, os alvos utilizavam as redes sociais para promover plataformas de cassinos online ilegais, como o popular “jogo do tigrinho”, prática proibida pela legislação brasileira. As publicações eram marcadas por promessas de lucros fáceis e mudanças de vida, com o objetivo de atrair seguidores para o esquema.

 

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontaram movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam R$ 4 bilhões. Além disso, foi identificado um padrão de vida incompatível com os rendimentos oficialmente declarados, incluindo viagens internacionais, veículos de luxo e imóveis de alto valor.

 

Segundo o delegado Renan Mello, titular da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), a organização era estruturada com papéis definidos, envolvendo divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada, utilizadas para ocultar a origem ilícita dos recursos.

 

A investigação também revelou ligações entre alguns dos influenciadores e pessoas com histórico ligado ao crime organizado, o que reforça a suspeita de que o esquema criminoso tinha amplo alcance e articulação.

 

A Polícia Civil segue com as investigações e a análise do material apreendido.

 

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