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BRASIL Segunda-feira, 16 de Junho de 2025, 16:42 - A | A

Segunda-feira, 16 de Junho de 2025, 16h:42 - A | A

R$ 6 MI APREENDIDOS

Deputado é alvo de investigação da PGR por esquema milionário de desvios e compra de votos no Pará

PF apreendeu mais de R$ 6 milhões em espécie com aliados do parlamentar; suspeita envolve desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro durante campanha de 2024

Da redação

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação contra o deputado federal Antonio Doido (MDB-PA) por suposta participação em um esquema de desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro no Pará. A apuração apura a relação do parlamentar com um grupo acusado de realizar saques milionários em agências bancárias para compra de votos e corrupção de servidores públicos.

 

A investigação teve início após duas apreensões milionárias no estado envolvendo pessoas ligadas diretamente ao deputado. No dia 4 de outubro de 2024, dois dias antes do primeiro turno das eleições municipais, o policial militar Francisco de Assis Galhardo do Vale foi preso em flagrante ao sacar R$ 5 milhões em uma agência de Castanhal (PA). Já em janeiro deste ano, a Polícia Federal (PF) apreendeu outros R$ 1,1 milhão com Jacob Serruya Neto, então assessor de Antonio Doido, que foi exonerado após a prisão.

 

PF

 

A PGR solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as duas apurações sejam unificadas, alegando ter encontrado indícios de crimes ligados ao mandato de Antonio Doido, como desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, delitos eleitorais e infrações ao sistema financeiro nacional.

 

Segundo o órgão, as investigações apontam para um sofisticado esquema de lavagem, em que dinheiro público desviado de contratos era sacado em espécie e utilizado em operações clandestinas. Parte dos recursos seria movimentada por meio de uma empresa registrada em nome da esposa do parlamentar.

 

Conversas encontradas no celular do PM Francisco Galhardo revelam a participação ativa do deputado no esquema. Em uma das mensagens, no dia da prisão do policial, Antonio Doido ordena o repasse de R$ 380 mil a um homem identificado como Geremias. A quantia foi localizada pouco depois, em um carro estacionado na porta da agência bancária.

 

De acordo com relatório da PGR, entre março de 2023 e outubro de 2024, o policial realizou pelo menos 15 grandes saques em espécie, somando R$ 48,8 milhões, em duas agências do Banco do Brasil nas cidades de Castanhal e São Miguel do Guamá. Somente nos meses de campanha eleitoral, entre junho e outubro de 2024, foram movimentados R$ 26 milhões.

 

A defesa do deputado Antonio Doido divulgou nota em que acusa o vazamento de informações sigilosas e nega as acusações. “Todos os questionamentos são fruto de ilações e já foram devidamente esclarecidos nos autos. O deputado se colocou à disposição das autoridades e tem tranquilidade em relação a todos os atos praticados em seu mandato parlamentar”, diz o comunicado.

 

O caso segue sob sigilo no Supremo Tribunal Federal.

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