A mulher contemporânea vive em estado de alerta constante. Ela gerencia demandas profissionais, familiares, emocionais e sociais como se tivesse um cronômetro grudado na alma. São mil tarefas por dia, e um julgamento silencioso a cada vez que uma delas escapa. A expectativa é de que ela esteja sempre disponível, produtiva, bonita, equilibrada, afetuosa e resiliente — tudo ao mesmo tempo. A sobrecarga é invisível, mas real. As cobranças externas e internas se somam à desigualdade na divisão das responsabilidades — principalmente no ambiente doméstico e no cuidado com os filhos. Em meio a essa avalanche silenciosa, muitas mulheres esquecem de si mesmas. E o resultado é claro: exaustão, ansiedade, culpa e uma desconexão profunda com sua própria identidade emocional.
“Mulher é de fase, igual à lua.” É uma frase que escuto com frequência — geralmente dita por homens, quase como um desabafo: “Mulher é tudo de lua, a gente nunca sabe como vai estar no outro dia!” O curioso é que, mesmo dito em tom de brincadeira, há uma tentativa real de entender. E a verdade é que sim, somos de fases mesmo — e há ciência por trás disso. Nosso corpo e nossa mente dançam conforme o ritmo dos nossos ciclos hormonais. A cada mês, uma sequência natural de mudanças bioquímicas influencia nosso humor, energia, foco e até nossas decisões. Mas vai além do ciclo menstrual: essas transformações nos acompanham desde a infância até a maturidade — e impactam profundamente nossa saúde mental. Ainda hoje, há um silêncio desconfortável sobre as dores e desafios emocionais que vivemos. A puberdade é atravessada em meio a inseguranças não verbalizadas.
A maternidade vem acompanhada de uma pressão quase cruel para “dar conta de tudo” — e muitas se perdem tentando manter uma imagem de força que esconde um esgotamento emocional profundo. A menopausa, por sua vez, é tratada como o fim de um ciclo, quando na verdade é o início de uma nova potência. Sempre digo às minhas alunas e mentoradas: “Você não está quebrada. Você está em transição.” E isso muda tudo.
Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que as mulheres têm quase o dobro de chance de desenvolver transtornos como ansiedade e depressão em comparação aos homens. Mas não estamos falando só de números. Estamos falando de mulheres reais, com nome, história e rotina — muitas delas adoecendo em silêncio, sem espaço para falar, sentir ou pedir ajuda. Foi por isso que criei o curso de extensão
“Ciclo Vital da Mulher: Saúde Mental em Todas as Fases da Vida”, aprovado pela Anhanguera. Ele nasceu como resposta a uma necessidade urgente: ajudar mulheres a compreender suas fases, se acolher com mais consciência e desenvolver ferramentas práticas para lidar com os impactos emocionais de cada etapa da vida. Esse curso não é sobre “consertar” mulheres. É sobre devolver a elas o direito de se entenderem, sem culpa. A proposta é simples: unir ciência, sensibilidade e protagonismo para resgatar algo que o mundo insiste em apagar — nossa identidade emocional. A saúde mental feminina precisa sair das entrelinhas e ocupar o centro das conversas. Porque saúde mental não é luxo. É base. É sobrevivência. E principalmente: é liberdade.
“A vida acontece a partir de você”.
Priscila Candida é empresária, mentora de mulheres e especialista em desenvolvimento humano com formações em Coaching, PNL e Neurociência. Criadora do curso “Ciclo Vital da Mulher: Saúde Mental em Todas as Fases da Vida”, atua na promoção do bem-estar feminino por meio de treinamentos, mentorias e projetos de impacto social.
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Site: www.priscilacandida.com.br
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