Mesmo sob a inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o senador Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou que o partido vai bancar Jair Bolsonaro como candidato à presidência em 2026, desafiando diretamente a Justiça Eleitoral. Para ele, a eventual exclusão de Bolsonaro do pleito compromete a legitimidade do processo democrático.
“O PL não tem plano B. Nosso candidato é o presidente Bolsonaro. A convenção do PL no ano que vem homologará Bolsonaro como candidato”, declarou.
A declaração reforça a linha política adotada por Bolsonaro e seus aliados desde que o TSE, em junho de 2023, o tornou inelegível até 2030. O tribunal entendeu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e fez uso indevido dos meios de comunicação, ao atacar o sistema eleitoral e disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas.
Fagundes, no entanto, contesta o impedimento e sugere que uma eleição sem Bolsonaro careceria de legitimidade.
“Entendemos que uma eleição sem Bolsonaro não será uma eleição democrática”, disse o parlamentar.
Além do caso julgado no TSE, Bolsonaro enfrenta uma série de processos no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a acusação de envolvimento em uma suposta trama golpista após a derrota para o presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição de 2022.
Oposição alinhada
A estratégia de manter o nome de Bolsonaro como o único projeto eleitoral do PL para 2026 segue o tom da oposição ao governo Lula. Ao reforçar a figura do ex-presidente, o partido busca manter sua base mobilizada e fiel, mesmo diante dos obstáculos jurídicos que tornam incerta a participação de Bolsonaro no pleito.
Convite a Balbinotti segue em aberto
Nos bastidores, o PL também movimenta peças no tabuleiro estadual. O nome do empresário Roberto Balbinotti segue como aposta para disputar o Governo de Mato Grosso, embora o partido ainda não tenha formalizado a candidatura.
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