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POLÍTICA NACIONAL Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 13:14 - A | A

Segunda-feira, 07 de Julho de 2025, 13h:14 - A | A

ANTIMÍSSEIS

Brasil desiste de sistema indiano e negocia defesa antiaérea de R$ 5 bilhões com a Itália

Exército mira sistema Emads para reforçar proteção contra ameaças aéreas e estuda produção nacional de mísseis em parceria com os italianos

Da Redação

 

O Brasil recuou de uma negociação com a Índia e abriu tratativas com a Itália para a compra de um novo sistema de defesa antiaérea para o Exército. A operação, estimada em até R$ 5 bilhões, busca reduzir uma das principais vulnerabilidades militares do país diante do aumento das tensões globais.

 

Hoje, a capacidade brasileira de interceptar ameaças aéreas com mísseis lançados da superfície é limitada a alvos abaixo de 3 mil metros de altitude. Para preencher essa lacuna, o Exército vinha negociando a aquisição do sistema indiano Akash, voltado para defesa de médio e longo alcance.

 

As conversas, porém, travaram. Segundo oficiais ouvidos pela CNN, as empresas indianas Bharat Dynamics Limited (BDL) e Bharat Electronics (BEL) ofereceram ao Brasil uma versão anterior do sistema, sem a tecnologia israelense embarcada nos modelos mais avançados. A falta de interesse indiano em negociar a versão atualizada levou o Exército a congelar a negociação.

 

O tema ainda pode surgir no encontro previsto entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante a cúpula de líderes do Brics, no Rio de Janeiro.

 

Diante do impasse, a força terrestre iniciou tratativas com a Itália. O interesse agora é pelo sistema Emads, desenvolvido pela empresa MBDA, com participação da Leonardo. Trata-se da mesma família de mísseis terra-ar prevista para equipar as futuras fragatas da Marinha, da Classe Tamandaré, atualmente em construção em Itajaí (SC).

 

Para o Exército, a adoção de um sistema já integrado a outra força armada brasileira facilitaria a logística, o treinamento operacional e poderia viabilizar a produção nacional dos mísseis, em parceria com os italianos.

 

Quando tratava com a Índia, o governo brasileiro tentava atrelar a compra do sistema Akash a uma venda de aviões KC-390, da Embraer. A estratégia está sendo mantida nas conversas com os italianos, mas, segundo apuração da CNN, a eventual aquisição do Emads não depende, necessariamente, de um acordo vinculado às aeronaves.

 

 

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