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POLÍTICA NACIONAL Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 14:08 - A | A

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EM XEQUE

As frases que Lula disse – e que chocariam se fossem de Bolsonaro

Luiz Inácio Lula da Silva, ao longo de décadas de vida pública, coleciona episódios em que reforça estereótipos sexistas e faz declarações abertamente ofensivas contra mulheres.

Ana Barros

 

O que têm em comum declarações como “grelo duro”, “calcinha e batom” e “máquina de lavar para mulheres”? Todas saíram da boca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E todas passaram quase impunes no debate público, revelando a conivência seletiva de quem finge combater o machismo — desde que ele venha do lado certo.

Em março de 2022, o site oficial do Partido dos Trabalhadores publicou um texto categórico:


“Misógino é o termo usado para descrever o indivíduo que não respeita nem valoriza as mulheres.” A publicação, feita às vésperas do Dia Internacional da Mulher, visava atacar Jair Bolsonaro. No entanto, a definição cabe com precisão no histórico do próprio líder petista.

Luiz Inácio Lula da Silva, ao longo de décadas de vida pública, coleciona episódios em que reforça estereótipos sexistas e faz declarações abertamente ofensivas contra mulheres. Ainda assim, segue blindado por parte da grande imprensa, pela militância progressista e por políticos que se dizem feministas — mas se calam quando o agressor é aliado.

 

Em um levantamento recente, foram destacadas matérias de veículos da grande mídia que registram essas falas e comportamentos:

  • “Lula afirma que, com salário, mulher pode comprar batom e calcinha” (O Antagonista, 12/03/2024);

  • “Lula diz que máquina de lavar roupas é importante para as mulheres” (Poder 360, 09/05/2024);

  • “Lula diz que feministas do PT são mulheres de grelo duro... Cadê as mulheres do grelo duro do nosso partido?” (Jornal Opção, 17/03/2016);

  • “Lula humilhou publicamente Ministra da Saúde que caiu no choro” (Terra Brasil Notícias, 18/03/2024);

  • “Simone Tebet critica fala machista de Lula: Chega de violência contra a mulher” (Veja, 22/08/2022);

  • “Lula constrange mães de 5 filhos e ministro cai na gargalhada” (CNN Brasil, 10/05/2024);

  • “Feminismo — ‘Eu acho que é coisa de quem não tem o que fazer’, diz Lula” (Lampião da Esquina, data não especificada).

Essas declarações não são casos isolados. Elas revelam um padrão de desrespeito, minimizado ou ignorado por aqueles que costumam condenar com veemência qualquer traço de machismo vindo de adversários políticos.

 

A pergunta que permanece é: por que o discurso feminista não se aplica a Lula? Onde está a indignação que costuma mobilizar protestos, hashtags, campanhas de cancelamento e discursos inflamados em plenário?

Na retórica de campanha e nos compromissos oficiais, o presidente tenta se posicionar como aliado das mulheres. Mas os fatos mostram o contrário. Seu histórico não apenas contradiz esse discurso, como desmascara a hipocrisia de um campo político que diz defender causas sociais — mas se cala quando o machismo parte de seus próprios líderes.

Essa misoginia seletiva não apenas enfraquece o debate público, como desacredita o próprio movimento feminista, que parece ter dois pesos e duas medidas para julgar atitudes condenáveis.

 

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