Em meio a um clima de tensão e descontentamento, o ex-deputado federal Victório Galli, atual presidente do partido Democracia Cristã (DC), se vê no centro de uma controvérsia após a definição da chapa proporcional para a Câmara de Cuiabá.

Filiados ao partido criticam Galli por um suposto golpe político ao priorizar a candidatura de seu filho, Elias Galli, em detrimento de outros membros que demonstravam maior viabilidade nas pesquisas.

Em uma manobra que pegou muitos de surpresa, Galli excluiu da lista oficial o advogado Tuca Nogueira, que, segundo as últimas pesquisas, era o único filiado do DC com reais chances de se eleger.

A decisão gerou revolta entre os filiados, que veem a atitude como uma tentativa clara de favorecer a candidatura familiar em detrimento do fortalecimento do partido.

O Democracia Cristã protocolou um total de 27 nomes à Justiça Eleitoral para a disputa na Câmara Municipal, mas a ausência de Tuca Nogueira na lista se destaca, especialmente considerando que, na prática, a única vaga que o partido deve garantir será disputada entre Elias Galli e outros candidatos menos conhecidos.

Elias, que é membro da Igreja Assembleia de Deus, agora se vê em uma posição privilegiada, mas a polêmica em torno da sua candidatura pode gerar repercussões negativas para sua imagem e a do partido.

Tuca Nogueira, profundamente insatisfeito com a decisão, está buscando meios jurídicos para assegurar sua candidatura, alegando que sua exclusão da lista é injusta e prejudicial não apenas a ele, mas ao próprio Democracia Cristã, que poderia perder uma oportunidade valiosa de eleger um representante qualificado.

A lista de candidatos do DC à Câmara de Cuiabá, além de Elias Galli, inclui nomes como Alessandra Teixeira, Amanda Borges, André Cazonato, Belchior Camilo, Newton Cesar (Bengué), Bola Miranda, entre outros.

No entanto, o clima tenso e as críticas direcionadas a Victório Galli podem impactar a unidade e a performance do partido nas eleições, que se aproximam.

Com a situação ainda em desenvolvimento, resta saber como os filiados reagirão e se Tuca Nogueira conseguirá reverter sua exclusão, bem como o impacto que essa polêmica terá nas eleições municipais de Cuiabá.

A expectativa é de que a tensão interna no Democracia Cristã continue a se intensificar à medida que os prazos eleitorais se aproximam e a disputa pelo voto se acirra.

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