O deputado Gilberto Cattani criticou a postura de Garcia, acusando-o de se associar a quem "chama o agro de ogro" e busca taxar o setor. Cattani destacou a Lei nº 12.717/2024, de autoria de Garcia, que institui o Programa Estadual de Irrigação. Apesar de inicialmente vista como positiva, a lei inclui um artigo que cria a Taxa de Desenvolvimento da Agricultura Irrigada, com alíquota de 75% da Unidade Padrão Fiscal (UPF), que atualmente é de R$ 250,83. Isso resultaria em uma taxa de aproximadamente R$ 62,70 por hectare.
Cattani afirma que se sentiu "enganado" por Garcia, que, segundo ele, tentou taxar os produtores rurais. A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), presidida por Garcia, seria uma das principais beneficiadas pela taxa, com estimativa de arrecadar mais de R$ 30 milhões.
Produtores como Christian Willy Braun, delegado da Aprojosa/MT, e Silvano Filipetto também criticaram a lei e a falta de consulta à base da Aprofir. Braun classificou a ação como uma "maracutaia legislativa", enquanto Filipetto lamentou a imposição de mais taxas sobre os produtores.
A proposta de modificação da lei, apresentada por Cattani, será votada na próxima sessão da Assembleia Legislativa, na quarta-feira (11).