Lumar Costa da Silva, internado no Hospital Psiquiátrico Estadual Adauto Botelho, após assassinar a própria tia, Maria Zélia da Silva Cosmo, de 55 anos, com golpes de faca e entregar o coração da vítima à filha dela dentro de uma sacola plástica, teve sua desinternação autorizada pela Justiça.
Segundo o documento judicial, laudos psiquiátricos mais recentes apontam que, embora Lumar tenha apresentado “estabilidade clínica com juízo crítico preservado” durante avaliação realizada em agosto de 2024, sua condição é classificada como uma “doença crônica, persistente e incurável”, exigindo acompanhamento contínuo.
O relatório mais atual, de maio deste ano, recomenda que o tratamento prossiga de forma ambulatorial, com acompanhamento intensivo na unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no município de Campinápolis, onde o paciente terá estrutura familiar de apoio. O pai de Lumar será o responsável direto pela supervisão e cuidado do filho durante esse processo de ressocialização.
A decisão ressalta a necessidade de reavaliações constantes da condição de Lumar para evitar “privação de liberdade desproporcional ou desnecessária”. O juiz reforçou que a internação deve ser medida de caráter excepcional, aplicada apenas quando absolutamente indispensável para o controle da periculosidade e proteção da ordem pública.
O caso chocou a população à época pelo grau de violência e pelo contexto envolvendo questões psiquiátricas. A Justiça agora aposta na transição para o tratamento ambulatorial como forma de garantir o acompanhamento necessário e a segurança social.