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POLICIAL Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 11:23 - A | A

Terça-feira, 17 de Junho de 2025, 11h:23 - A | A

OPERAÇÃO LADO OCULTO

Polícia Civil desmantela esquema milionário de fraude em folha de pagamento em empresa de Acorizal

Investigação da Polícia Civil revela desvio de R$ 3 milhões por funcionárias do setor de RH; celulares, veículos e notebooks foram apreendidos em operação

Da Redação

 

Na manhã desta terça-feira (17) a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Lado Oculto, com o objetivo de cumprir 34 medidas judiciais contra suspeitos de envolvimento em um esquema milionário de fraude financeira. Os mandados foram expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Comarca de Cuiabá e cumpridos nas cidades de Acorizal e Cuiabá. A ação resultou na apreensão de seis celulares, quatro veículos e dois notebooks.

 

A operação é fruto de uma investigação iniciada em 2024 pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), que apura desvios de aproximadamente R$ 3 milhões de uma empresa instalada em Acorizal, especializada na fabricação de gelatinas, hidrolisados e no comércio de matéria-prima para os setores farmacêutico, alimentício e de nutrição.

 

De acordo com a investigação, o esquema foi comandado por uma analista de recursos humanos da empresa e sua assistente direta, que se aproveitaram dos cargos de confiança para fraudar a folha de pagamento. O golpe funcionava por meio da inserção de valores fictícios, como horas extras e adicionais indevidos, nos arquivos enviados para uma empresa terceirizada responsável pelo processamento da folha. Após o retorno do documento com os valores processados, as autoras descartavam o arquivo original e produziam uma nova versão, com os valores corretos para os demais funcionários, desviando os excedentes para contas próprias e de terceiros.

 

Entre os beneficiados estão pessoas com vínculos familiares, amorosos ou de amizade com as duas mentoras do esquema. Um ex-namorado da analista, por exemplo, recebeu R$ 657.842,88, enquanto uma prima da assistente obteve R$ 51.013,23. Duas estagiárias também foram beneficiadas, com mais de R$ 22 mil repassados indevidamente.

 

A fraude foi descoberta em 2019, após a empresa identificar inconsistências nos pagamentos. Durante entrevistas internas, as funcionárias confessaram a prática e foram demitidas por justa causa. Posteriormente, a empresa contratou uma consultoria especializada, que confirmou o alcance do golpe por meio de um relatório detalhado.

 

O caso foi então comunicado à Polícia Civil, que instaurou inquérito para apuração dos crimes de furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. As investigações também comprovaram, através de registros de acesso ao sistema bancário, que a analista de RH era a responsável direta pelo envio dos arquivos fraudulentos ao banco.

 

Com a deflagração da operação nesta terça-feira, as autoridades buscam aprofundar a responsabilização dos envolvidos e recuperar os valores desviados.

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