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POLICIAL Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08:00 - A | A

Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08h:00 - A | A

OPERAÇÃO EFEITO CASCATA

Polícia Civil deflagra operação contra o tráfico de drogas e homicídios em Nova Mutum

Mandados judiciais revelam conexão entre tráfico de drogas e homicídios motivados por disputas territoriais em Nova Mutum

Valéria Domingo


Na manhã desta quinta-feira (3), a Polícia Civil de Mato Grosso, coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Nova Mutum (Derf-NM), deflagrou a Operação “Efeito Cascata” com o objetivo de desarticular um esquema de abastecimento e distribuição de drogas no município. A ação cumpre 26 ordens judiciais, incluindo mandados de busca e apreensão e prisões preventivas ligadas a crimes de tráfico e homicídio.

 

Na manhã desta quinta-feira, estão sendo cumpridos 24 de busca e apreensão, 21 por tráfico de drogas e três por homicídio, além de dois mandados de prisão preventiva relacionados a homicídios. Também foi autorizada a quebra de sigilo telefônico e de dados dos aparelhos eletrônicos apreendidos.

 

Segundo o delegado Jean Paulo Ferreira Nascimento, os crimes investigados estão interligados, com os homicídios associados à disputa territorial entre facções pelo controle do tráfico de drogas em Nova Mutum.

 

No decorrer das investigações, reiterou o delegado, foi possível observar a existência de uma rede de distribuição sistematizada, responsável pelo abastecimento de diversos pontos de venda de drogas espalhados por toda cidade e demais áreas da região. Essa rede, segundo o que foi apurado, é composta por dezenas de interlocutores, que utilizam mensagens codificadas, transferências de valores, envio de localização para entrega e recebimento de drogas.

Reprodução: PJC-MT

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Associação criminosa

 

As investigações apontaram que os integrantes da organização criminosa eram responsáveis pela distribuição e comercialização de drogas no varejo, atuando diretamente com os usuários locais - função pela qual ficaram conhecidos como “lojistas”. Técnicas investigativas também revelaram que o grupo aplicava “medidas disciplinares” internas contra membros que descumpriam ordens, o que evidencia não apenas o controle interno rigoroso, mas também a periculosidade e estabilidade da estrutura criminosa.

 

Outro ponto constatado durante a apuração foi o uso de contas bancárias e chaves PIX vinculadas aos investigados para realizar pagamentos e repasses financeiros, uma estratégia que demonstrava tanto a tentativa de ocultação de identidade quanto indícios de lavagem de dinheiro. Esse padrão reforça o grau de sofisticação das práticas adotadas e a necessidade de aprofundar as investigações com respaldo judicial.

 

Com base nos elementos reunidos, ficou evidente que a associação criminosa possui estrutura e autonomia suficientes para continuar suas atividades ilícitas mesmo após a prisão de membros estratégicos.

 

 

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