A paisagem europeia, marcada por séculos de tradição cristã, está sendo redesenhada a olhos vistos. Em ritmo acelerado, igrejas estão sendo fechadas, vendidas, demolidas ou transformadas em espaços completamente seculares. A Alemanha, segundo reportagem da Deutsche Welle, prevê o fechamento de 10 mil igrejas nos próximos 10 anos. Nos últimos 20 anos, 1.400 já foram desconsagradas. Algumas tornaram-se bibliotecas. Outras, lojas. Muitas, simplesmente desapareceram do mapa.
Na Holanda, o cenário é ainda mais chocante: duas igrejas fecham por semana. Em Utrecht, uma antiga igreja virou discoteca. Em Maastricht, um templo dominicano do século XIII agora abriga uma livraria-café. Na Bélgica, igrejas foram convertidas em quadras esportivas. E na Espanha, o “Kaos Temple” funciona em uma antiga igreja grafitada de cima a baixo. Até mesmo na França, há relatos de igrejas transformadas em academias — como a irônica “Cross”Fit.
A arquitetura se mantém. A alma, não. Os altares se esvaziam. A cruz dá lugar ao neon. O incenso cede ao cheiro de cerveja. A liturgia ao entretenimento. Testemunhamos uma Europa onde o cristianismo murcha diante da indiferença e da secularização.
Mas enquanto isso, o islamismo avança com força e disciplina. A pesquisa da Pew Research alerta: até 2050, os muçulmanos devem ultrapassar os cristãos em várias regiões da Europa Ocidental. O crescimento é visível e organizado. Eles mantêm tradições firmes: orações diárias, jejuns rigorosos, doutrina sólida e valores claros. Enquanto isso, o cristianismo ocidental parece ter se diluído em relativismo, conforto e ausência de sacrifício.
O contraste é perturbador: igrejas que se tornam discotecas, enquanto mesquitas se expandem e se multiplicam. Um continente inteiro parece ter renunciado às suas raízes espirituais, abrindo espaço para uma nova ordem religiosa — não por força, mas por abandono.
A fé que um dia construiu catedrais, forjou civilizações e modelou culturas está sendo substituída por um vazio espiritual — um terreno fértil para que outras crenças cresçam sem resistência.
Se nada for feito, a Europa cristã será, em breve, apenas uma lembrança nos livros de história.
Dulce Amaral Machado 05/07/2025
Como será para as novas gerações,meu Deus misericórdia.
LUIZ EDUARDO DE ARRUDA 03/07/2025
E daí? Também no Brasil a igreja católica infelizmente perde espaço para o neopentecostais. Não há muito diferença entre o islamismo e o neopentecostalismo. São igualmente intolerantes e exclusivista querendo impor sobre outros sua tradição, sua homofobia, sua misoginia, a proibição do consumo de bebida alcoólica. Que Deus livre o Brasil desses intolerantes.
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