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POLICIAL Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08:02 - A | A

Quinta-feira, 03 de Julho de 2025, 08h:02 - A | A

OPERAÇÃO YANG

Polícia Civil cumpre 21 prisões de faccionados que atuavam na expansão da organização criminosa em Sorriso e região

Grupo criminoso se estabeleceu na região após a prisão de diversos integrantes de facção criminosa rival na operação Recovery

Da Redação

 

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3), a Operação Yang com o objetivo de desarticular lideranças de uma facção criminosa que atuava na expansão de seu domínio em Sorriso e região. A operação é conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e a Delegacia de Sorriso.

 

Ao todo, estão sendo cumpridas 27 ordens judiciais, entre elas 21 mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão domiciliar e decisões de quebra de sigilo. As determinações foram expedidas pela 5ª Vara Criminal de Sinop com base em investigações iniciadas pela GCCO em 2024.

 

Os alvos da operação estão distribuídos pelos municípios de Sorriso, Nova Canaã do Norte, Cáceres, Várzea Grande (MT), além de cidades em outros estados, como Santa Inês (MA), Belém (PA), São José dos Pinhais (PR), Osasco e São Paulo (SP).

 

As investigações revelaram que, após a desarticulação de uma organização criminosa em 2023, durante a Operação Recovery, outra facção aproveitou o enfraquecimento da concorrente para avançar na região. A Operação Yang é uma resposta direta à tentativa de ocupação desse vácuo no cenário do crime organizado.

 

A operação contou com apoio das Delegacias Especializadas de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) do Pará e Maranhão, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo, do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) do Paraná, além das Delegacias de Polícia de Sorriso e Cáceres.



Estrutura da facção



A investigação aponta que a facção criminosa era altamente estruturada  com divisão de tarefas e hierarquia clara (por meio de Regionais, cargos e funções), objetivando vantagens ilícitas através de práticas penais graves como homicídios, tráfico de drogas e sequestros.



A estrutura contava com a ocupação de cargos específicos como “Geral do Estado”, “Coringa Geral”, “Hórus”, “Regionais”, “Disciplina”, “14”, “missionário”, “irmão”, “companheiro” (CP) e “família” (FML), sendo cada função responsável por atribuições operacionais ou disciplinares dentro da estrutura da organização criminosa.



O controle dos integrantes e das atividades da facção criminosa era mantido por meio de uma lista denominada “Tabuleiro de Numerada”. Através das investigações, evidenciou-se que a lista funcionava como instrumento de gestão interna da organização criminosa, contendo cadastros organizados por nomes, vulgos, regionais e aplicativos usados pelos faccionados, permitindo controle e atualização constante.

 

Os integrantes da organização criminosa utilizavam símbolos próprios, expressões codificadas e difusão de estatuto e cartilhas para padronização da conduta e coesão interna, expansão territorial e supremacia da facção criminosa armada sobre facções rivais, especialmente sobre o grupo criminoso, que comandava a região anteriormente e que foi alvo da Operação Recovery.



Interações criminosas



As investigações apontaram que os integrantes da facção criminosa tratavam diversos assuntos relacionados à atuação do grupo, sendo palco para discussões que abrangiam desde a execução de homicídios de rivais (mencionados como lixos), sequestros, tráfico de drogas, aquisição e exibição de armas de fogo (ferros), além da divulgação de vídeos com imagens de cadáveres de inimigos, como forma de exaltação e intimidação.



Além disso, também tratavam da proteção de familiares, disseminação de ordens e planejamento de contra-ataques, tudo de forma estruturada e ordenada, bem como com absoluto comprometimento à facção.



Segundo o delegado da GCCO, Antenor Pimentel, a Polícia Civil acompanha de forma sistemática a dinâmica das facções criminosas, atuando com inteligência e firmeza. A maioria dos investigados nesta operação já se encontram presos, fruto da atuação excepcional das forças de segurança de Sorriso no auge da guerra entre facções, que resultou na expressiva queda dos índices criminais.



“Agora, com a operação, a GCCO busca agregar novas penas aos faccionados, prolongando seu tempo de encarceramento e garantindo que a tranquilidade conquistada seja mantida. O Estado não será desafiado e quem tentar ocupar esse espaço com violência encontrará resposta à altura”, completou o delegado.

 

Operação Yang



O nome da operação faz referência à luz e à ação, simbolizando a resposta do Estado à atuação clandestina da facção criminosa, que coordenava ataques e assassinatos de integrantes de facções rivais.



A operação integra o planejamento estratégico da Polícia Civil por meio da operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que tem intensificado o combate às facções criminosas em todo o Estado.

 

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Rhank 03/07/2025

Esse tipo de gente parece barata, quanto mais prende e quanto mais aparece. Tem que prender e deixar no mínimo 19 anos preso para não voltar ao convívio da sociedade.

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1 comentários