Midianews
A Polícia Federal deu início, nesta terça-feira (18), a uma nova fase da Operação Sisamnes, investigando crimes como obstrução da justiça, violação do sigilo funcional e corrupção ativa e passiva.
A ação ocorre no Tocantins e tem como base a apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, encontrado morto em Cuiabá, em dezembro de 2023.
Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a operação envolve o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão.
Além disso, medidas como afastamento de funções públicas, proibição de contato entre investigados, retenção de passaportes e proibição de saída do país foram determinadas.
A investigação revelou uma rede clandestina que monitorava, comercializava e repassava informações sigilosas sobre operações supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O esquema teria frustrado ações policiais e beneficiado investigados em processos judiciais.
A primeira fase da Operação Sisamnes ocorreu em 26 de novembro de 2024, com a prisão do lobista Andreson Gonçalves e a execução de 23 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Pernambuco e no Distrito Federal.
Entre os alvos estavam os desembargadores Sebastião de Moraes e João Ferreira Filho, que passaram a ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas por ordem do ministro do STF, Cristiano Zanuin.
As apurações indicam a existência de um esquema de venda de decisões judiciais, com a participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.
Além da suposta negociação de sentenças favoráveis, há suspeitas de vazamento de informações sobre operações policiais em andamento.
A Polícia Federal segue com as investigações para identificar todos os envolvidos e aprofundar as descobertas sobre o esquema criminoso.
ALAN 18/03/2025
O crime organizado ta no judiciário faz tempo!
1 comentários