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POLICIAL Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2024, 14:06 - A | A

Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2024, 14h:06 - A | A

ASSASSINO CONFESSO

Ouça: Empresário admite a policiais civis que matou travesti em MT

Criminoso diz que motivação ocorreu após chantagem

O empresário Jorlan Cristiano Ferreira, proprietário de uma hamburgueria em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), confessou ao ser abordado por policiais civis que matou a travesti Mayla Rafaela Martins, 22 anos, na terça-feira (16).

Mayla foi morta a facadas e seu corpo encontrado na manhã de terça-feira (16) às margens da MT-485, entre Lucas e Sorriso.

O empresário alega ter sido roubado pela vítima à época em que abriu seu estabelecimento na cidade e ter encontrado a travesti de volta na noite do crime.

“Aí, ontem a noite eu achei o infeliz”, disse ele em trecho do áudio.

Após encontrar Mayla, o assassino alega que teria convidado a vítima para ir com ele a sua casa e lá a matou.

“Ele me pegou, me derrubou contra o muro da minha casa, lá dentro de casa”, disse.

“Então foi dentro da sua casa?”, questiona uma policial. “Foi”, ele confirma.

Jorlan se contradiz com a sequência dos fatos, diz que a vítima o ameaçou e depois pediu uma
cerveja

De acordo com a versão do empresário, a vítima teria pedido também dinheiro para ir embora sem fazer “escândalo” e nem “chamar a Polícia”.

“Eu entrei para pegar uma cerveja, aí quando eu entrei para pegar essa cerveja, ele me pulou e daí eu corri lá para casa e ele veio atrás com a faquinha de serra”, disse.

Jorlan então dá um “salto no tempo” e conta o momento em que despejou os pertence de Mayla no rio após matá-la e abandonar o corpo às margens da rodovia. “Uma faca de serra, uma maquininha de cartão e acho que um celular e um monte de
porcaria”, disse ele, referindo-se aos objetos que lançou no rio.

A policial pede para que ele retome a narrativa do momento em que os dois estavam na casa dele.

“Ele me pulou com aquela faca de serra e tentou me furar. Aí eu corri. Eu corri e ele veio atrás. Aí ele entrou lá dentro. A sorte minha é que ele não conseguiu porque o carro estava lá dentro, se não ele tinha me pegado”.
Foi nesse momento que Jorlan disse ter rendido a vítima e aplicado um mata-leão nela. “A faca caiu do lado, ele tentou pegar e daí eu fiquei com medo dele conseguir pegar a faca [...]. Eu consegui catar a faca e finquei a faca nele”, disse.

Em seguida, o empresário cai em contradição e diz que havia combinado de tomar uma cerveja com a travesti.

“Só o vizinho [escutou briga], e eu acho que é impossível, ele não deve ter escutado, porque ele [Mayla] nem berrou, não deu tempo, ele gritou socorro, eu pulei nele, ajeitei, derrubei”, disse.
Jorlan divaga novamente, e quando retoma ao ponto diz que na verdade ele pegou outra faca dentro de casa, diferente do que havia dado a entender no início da narrativa.

“Eu dei um mata-leão nele, peguei a faca e finquei nele, não sei aonde que pegou, mas finquei. Daí ele só quis gritar socorro. Eu, pra não deixar ninguém [ouvir], apertei ele, segurei não sei por quanto tempo, pelo pescoço”, disse.

“Aí ele amoleceu e eu soltei e entrei em desespero. Pensei que poderia ligar para a polícia. Eu falei ‘eu já tô fodido mesmo, vou carregar essa desgraça embora”.

Na narrativa ele conta que usou a piscina da filha para enrolar a vítima e jogá-la dentro do porta-malas.

“Indo para Sorriso, passa o rio, tem o puteiro da Morjana, vai lá em cima e tem um trevinho, pega a direita. Eu achei uma entradinha, só fiz a volta, desliguei a luz, não enxerguei nada e joguei”.

“Eu até pensei [em chamar a Polícia], mas achei que ia me complicar mais ainda”.

Jorlan continuou com a versão de que a vítima havia tentado lhe extorquir.

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