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POLICIAL Terça-feira, 01 de Outubro de 2024, 11:02 - A | A

Terça-feira, 01 de Outubro de 2024, 11h:02 - A | A

PRINCIPAL BENEFICIÁRIO

Empresário Alessandro Nascimento é apontado como beneficiário de esquema de R$ 28 milhões na SEAF

Segundo a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Alessandro seria o principal beneficiário de mais de R$ 28 milhões repassados em 2024, oriundos de contratos sem licitação destinados à aquisição de kits agrícolas para agricultores famil

 

As investigações da Polícia Civil, no âmbito da Operação Suzerano, revelaram um suposto esquema de corrupção envolvendo a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF) e a empresa Tubarão Empreendimentos, do empresário Alessandro Nascimento.

 

Segundo a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Alessandro seria o principal beneficiário de mais de R$ 28 milhões repassados em 2024, oriundos de contratos sem licitação destinados à aquisição de kits agrícolas para agricultores familiares.

 

O esquema foi denunciado pelo Governo do Estado, que resultou na operação deflagrada no dia 24 de setembro de 2024. O ex-secretário da SEAF, Luluca Ribeiro, foi um dos alvos da investigação, sendo exonerado em julho após o governador Mauro Mendes ser informado da denúncia.

 

De acordo com a polícia, os recursos eram provenientes de emendas parlamentares e destinados sem licitação para empresas que participaram do esquema.

 

Entre as empresas envolvidas, destaca-se o Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur), que teria recebido mais de R$ 28 milhões para fornecer os kits agrícolas.

 

A Pronatur, presidida por Wilker Weslley Arruda e Silva, contratou a empresa Tupã Comércio e Representações, cujo sócio-administrador, Euzenildo Ferreira da Silva, foi identificado como "laranja" no esquema.

 

Euzenildo, descrito como uma pessoa de origem humilde, teria sido utilizado para ocultar a verdadeira administração das empresas.

 

As investigações também apontam que o valor dos kits agrícolas, compostos por 16 equipamentos, foi superfaturado em mais de R$ 10 milhões em comparação com licitações anteriores.

 

Além disso, não foram previstas orientações ou cursos para os agricultores sobre o uso dos equipamentos, apenas a aquisição dos mesmos, pagos com verba pública.

 

Por determinação judicial, diversas medidas cautelares foram autorizadas, incluindo a busca e apreensão de bens e a quebra de sigilo telefônico e eletrônico de envolvidos, como Alessandro Nascimento, Luluca Ribeiro, e Wilker Weslley.

 

Além disso, o sequestro de bens foi determinado para os investigados, incluindo veículos de luxo e imóveis adquiridos com os recursos supostamente desviados.

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