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MUNDO Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 14:16 - A | A

Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 14h:16 - A | A

AMERICANO

Robert Francis Prevost: O Papa moderado

Aos 69 anos, o cardeal de Chicago, missionário agostiniano e ex-prefeito do Dicastério para os Bispos assume o trono de Pedro com o nome de Leão XIV, após trajetória marcada por trabalho pastoral no Peru e desafios dentro da Igreja.

Da Redação

 

 

O conclave terminou e a fumaça branca anunciou: a Igreja Católica tem um novo líder. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira (8) como o 267º papa da história. Aos 69 anos, o religioso de Chicago escolheu o nome Leão XIV, tornando-se o primeiro pontífice dos Estados Unidos a assumir o comando da Igreja.

 

A decisão histórica foi comunicada pelo cardeal francês Dominique Mamberti, que, no tradicional anúncio feito na varanda da Basílica de São Pedro, proferiu o conhecido “Habemus Papam”. A escolha de Prevost encerra o conclave iniciado em 7 de maio, após a morte do papa Francisco, ocorrida no último dia 21 de abril.

 

Uma trajetória marcada por missão e polêmicas

Nascido em 14 de setembro de 1955, filho de imigrantes de ascendência francesa, italiana e espanhola, Robert Francis Prevost ingressou na Ordem de Santo Agostinho ainda jovem e teve formação teológica em Chicago e Roma. Missionário no Peru por décadas, atuou em regiões carentes como Chulucanas e Trujillo, e mais tarde liderou a diocese de Chiclayo.

 

Sua nomeação como prefeito do Dicastério para os Bispos em 2023, já no Vaticano, foi vista como sinal da confiança de Francisco em seu trabalho. No entanto, o novo papa enfrentou críticas durante sua gestão no Peru, acusado por grupos locais de omissão diante de denúncias de abusos na Igreja — alegações que a Diocese de Chiclayo sempre negou.

 

Desafios e expectativas

A eleição de um papa americano rompe com uma tradição tácita da Igreja, que historicamente evitava nomes dos EUA, temendo implicações políticas. Mesmo assim, especialistas destacam que Leão XIV é visto como um nome moderado e progressista, próximo às pautas sociais e de imigração, além de defensor de uma Igreja missionária e próxima dos mais vulneráveis.

 

A escolha de um agostiniano também resgata uma espiritualidade contemplativa e de serviço, características da ordem fundada por Santo Agostinho.

 

Agora, os olhos do mundo e dos fiéis se voltam para os próximos passos do pontífice, que assume uma Igreja global ainda marcada por desafios como a crise de abusos, a queda de vocações e o diálogo com sociedades secularizadas.

 

O pontificado de Leão XIV começa oficialmente com a missa de entronização, prevista para o próximo domingo (11), na Praça de São Pedro.

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